9 de mai. de 2016

Carlos Alberto Breis é ordenado Bispo Coadjutor da Diocese de Juazeiro (BA)



O Arcebispo de Arquidiocese de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, ordenou pela primeira vez um bispo: O Frei Franciscano, Carlos Alberto Breis Pereira, eleito bispo Coadjutor da diocese de Juazeiro (BA).

Durante a ordenação episcopal, o arcebispo metropolitano, Dom Fernando Saburido, foi o bispo sagrante da celebração e esteve acompanhado dos bispos consagrantes, Dom José Geraldo da Cruz, bispo de Juazeiro, Dom José Haring, bispo de Limoeiro do Norte, Ceará e dos demais bispos presentes  representantes de outras dioceses do Regional Nordeste 2 e do Brasil.

A ordenação episcopal aconteceu durante a solene Celebração Eucarística na Basílica do Sagrado Coração de Jesus (Salesiano), localizada no bairro da Boa Vista, região central do Recife.

A Diocese de Juazeiro esteve representada pelos padres e leigos totalizando uma delegação de 62 pessoas, que em nome dos católicos da diocese acolheram o novo bispo.

Durante seu discurso, Carlos Alberto Breis, que será chamado de Dom Beto mencionou Juazeiro com uma terra franciscana, que acolhe a missão de Jesus e ainda citou a famosa música Juazeiro, Petrolina dizendo que “gosta de Petrolina e aprendeu a amar Juazeiro”.

Dom Carlos Alberto chegará a Juazeiro no dia 14 de maio, (Sábado) na ultima noite do tríduo, em preparação a Festa de Pentecostes e será recepcionado pelos fieis, e em seguida tomara posse como bispo coadjutor na Catedral- Santuário de Nossa Senhora das Grotas, com uma missa presidida pelo arcebispo de Feira de Santana, às 19:30h.

Ricardo Souza - PASCOM
Paróquia Nossa Senhora das Grotas

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4 de mai. de 2016

Frei Beto Breis prepara-se para Ordenação Episcopal

Com a proximidade de sua ordenação episcopal, Frei Beto Breis, OFM realizou nesta quarta-feira, 4 de maio, a profissão de fé e o juramento de fidelidade à Igreja e ao Papa, como prescrevem o Ritual Romano. O rito, realizado durante a oração das Laudes no Convento Santo Antônio, em Recife, foi presidido por D. Fernando Saburido, Arcebispo de Olinda e Recife, e contou com presença de bispos auxiliares e eméritos, padres e da Fraternidade Franciscana.
Após a leitura bíblica, D. Fernando convidou o bispo eleito a, diante de todos, professar a sua fé. Logo a seguir, Frei Beto proferiu a promessa de fidelidade à Igreja e ao Papa, expressando seu compromisso de exercer seu ministério episcopal em comunhão com o Colégio Apostólico e seguindo as normas da Santa Sé.
Frei Beto Breis foi nomeado pelo Papa Francisco bispo coadjutor da Diocese de Juazeiro, na Bahia, no último dia 17 de fevereiro. Sua ordenação episcopal acontecerá no próximo dia 7 de maio, às 17h, na Basílica do Sagrado Coração de Jesus, em Recife. A partir de então seguirá para a Diocese de Juazeiro, onde assumirá seu novo ministério pastoral.  Desde novembro de 2014 Frei Beto assumia o serviço de Ministro Provincial da Província de Santo Antônio.




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8 de abr. de 2016

PAPA FRANCISCO: "A alegria do amor: misericórdia e integração para todas as famílias"


“A alegria do amor” (Amoris Laetitia) é o título da Exortação Apostólica pós-sinodal que o Papa Francisco assinou em 19 de março passado, Solenidade de São José, e que foi apresentada nesta sexta-feira, 8 de abril, no Vaticano.

A Exortação tem nove capítulos e a oração final à Santa Família. O documento reúne os resultados dos dois Sínodos sobre a família convocados pelo Papa Francisco em 2014 e 2015. 




 “À luz da Palavra”

No primeiro capítulo, o Papa indica a Palavra de Deus como uma “companheira de viagem para as famílias que estão em crise ou imersas em alguma tribulação, mostrando-lhes a meta do caminho”.  

 “A realidade e os desafios das famílias”

Partindo do terreno bíblico, no segundo capítulo, o Papa insiste no caráter concreto, que estabelece uma diferença substancial entre teorias de interpretação da realidade e ideologias. “Sem escutar a realidade não é possível compreender nem as exigências do presente nem os apelos do Espírito”, aponta. “Jesus propunha um ideal exigente, mas não perdia jamais a proximidade compassiva às pessoas frágeis”.  


"O olhar fixo em Jesus: a vocação da família”

O terceiro capítulo é dedicado a alguns elementos essenciais do ensinamento da Igreja sobre o matrimônio e a família. Ilustra a vocação à família assim como ela foi recebida pela Igreja ao longo do tempo, sobretudo quanto ao tema da indissolubilidade, da sacramentalidade do matrimônio, da transmissão da vida e da educação dos filhos. A reflexão inclui ainda as famílias feridas e o Papa recorda aos pastores que, “por amor à verdade, estão obrigados a discernir bem as situações”, já que o grau de responsabilidade não é igual em todos os casos: “ É preciso estar atentos ao modo como as pessoas vivem e sofrem por causa da sua condição”.  


 “O amor no matrimônio”

O quarto capítulo trata do amor no matrimônio. O Papa faz uma reflexão acerca da «transformação do amor» ao longo do casamento. A aparência física transforma-se e a atração amorosa não desaparece, mas muda. «Não é possível prometer que teremos os mesmos sentimentos durante a vida inteira; mas podemos ter um projeto comum estável.


“O amor que se torna fecundo”

O quinto capítulo centra-se por completo na fecundidade e no caráter gerador do amor. Fala-se de gestação e adoção. A Amoris laetitia não toma em consideração a família «mononuclear», mas está consciente da família como rede de relações alargadas.


“Algumas perspectivas pastorais”

No sexto capítulo, o Papa aborda algumas vias pastorais que orientam para a edificação de famílias sólidas. Fala-se também do acompanhamento das pessoas separadas ou divorciadas e sublinha-se a importância da recente reforma dos procedimentos para o reconhecimento dos casos de nulidade matrimonial. Coloca-se em relevo o sofrimento dos filhos nas situações de conflito e conclui-se: "O divórcio é um mal". Fala-se da situação das famílias com pessoas com tendência homossexual, insistindo na recusa de qualquer discriminação.


“Reforçar a educação dos filhos”

O sétimo capítulo é totalmente dedicado à educação dos filhos, em todos os âmbitos, inclusive sexual. É feita uma advertência em relação à expressão «sexo seguro», pois transmite «uma atitude negativa a respeito da finalidade procriadora natural da sexualidade.


“Acompanhar, discernir e integrar a fragilidade”

O capítulo oitavo é muito delicado, representa um convite à misericórdia e ao discernimento pastoral. O Papa usa aqui três verbos muito importantes: «acompanhar, discernir e integrar». O Papa escreve: «Os divorciados que vivem numa nova união, por exemplo, podem encontrar-se em situações muito diferentes, que não devem ser catalogadas ou encerradas em afirmações demasiado rígidas, sem deixar espaço para um adequado discernimento pessoal e pastoral».

O Papa afirma que «os batizados que se divorciaram e voltaram a casar civilmente devem ser mais integrados na comunidade cristã sob as diferentes formas possíveis, evitando toda a ocasião de escândalo». «A sua participação pode exprimir-se em diferentes serviços eclesiais.

Francisco profere uma afirmação extremamente importante para que se compreenda a orientação e o sentido da Exortação: «Se se tiver em conta a variedade inumerável de situações concretas (…) é compreensível que se não devia esperar do Sínodo ou desta Exortação uma nova normativa geral de tipo canônico, aplicável a todos os casos. É possível apenas um novo encorajamento a um responsável discernimento pessoal e pastoral dos casos particulares.


“Espiritualidade conjugal e familiar”

O nono capítulo é dedicado à espiritualidade conjugal e familiar. O Papa afirma: «Nenhuma família é uma realidade perfeita, mas requer um progressivo amadurecimento da sua capacidade de amar. 


Nota

Como já se pode depreender a partir de um rápido exame dos seus conteúdos, a Exortação apostólica não pretende reafirmar com força o «ideal» da família, mas a sua realidade rica e complexa. Há nas suas páginas um olhar aberto, profundamente positivo, que não se nutre de abstrações ou projeções ideais, mas de uma atenção pastoral à realidade. O documento é uma leitura densa de motivos espirituais e de sabedoria prática útil a cada casal ou a pessoas que desejam construir uma família. Nota-se sobretudo que foi fruto de uma experiência concreta com pessoas que sabem a partir da experiência o que é a família e o viver juntos durante muitos anos. A Exortação fala a linguagem da experiência e da esperança.


Quirógrafo

 A cópia da Exortação enviada aos bispos do mundo, foi acompanhada por um quirógrafo do Papa:

"Caro irmão,

invocando a proteção da Sagrada Família de Nazaré, tenho a alegria de te enviar a minha Exortação “Amoris laetitia” para o bem de todas as famílias e de todas as pessoas, jovens e idosas, confiadas ao teu ministério pastoral.

Unidos no Senhor Jesus, com Maria e José, peço-te que não te esqueças de rezar por mim". 

Papa Francisco


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6 de abr. de 2016

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DAS GROTAS PREPARA-SE PARA CELEBRAR O Vº ANO DA "HORA DA GRAÇA"



A Catedral Santuário Nossa Senhora das Grotas, em Juazeiro (BA), prepara-se para celebrar o quinto ano da ‘Hora da Graça’. O ritual religioso é realizado todas as quintas-feiras na Catedral, durante a benção do Santíssimo.


Segundo o pároco da Catedral, padre Josemar Mota, a celebração é o momento para os fiéis “experimentarem a misericórdia de Deus, na busca constante de sermos testemunha do Senhor, usando de compaixão para com nossos irmãos, principalmente os pobres, tristes, abandonados.“

Os cinco anos da Hora da Graça serão celebrados neste sábado (9), a partir das 19h30, na Via Show, área central da cidade. São esperadas caravanas de diversas cidades da região, paróquias e comunidades da Diocese para participar do encontro de fé.

Ricardo Souza
Pastoral da Comunicação 
Paróquia N. Sra. das Grotas
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7 de mar. de 2016

Diocese de Juazeiro realiza 37ª Caminhada da Penitência


A tradicional Caminhada Penitencial promovida pela Diocese de Juazeiro chega  a sua 37ª edição. No próximo dia 12 de março, sábado,  cerca de 6 mil pessoas são esperadas no trajeto entre a igreja de Santo Antônio, bairro Antônio Guilhermino até a Catedral Santuário Nossa Senhora das Grotas em mais de  5h de caminhada, onde os católicos fazem seus sacrifícios e orações em preparação a festa da Pascoa. A Caminhada da penitência é organizada esse ano pela Paróquia da Catedral e Setor Diocesano da Juventude.

À 22hs haverá a celebração da Missa, presidida pelo Bispo Dom José Geraldo da Cruz marcando a abertura da caminhada, que segue pelos bairros Alto da Aliança, Piranga, Santo Antônio, Alagadiço e Centro.

Durante o percusso haverá momentos de reflexão em alusão ao tema da Campanha da Fraternidade 2016: “Casa Comum, nossa responsabilidade” com o lema bíblico “quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca”. O objetivo é chamar atenção para a questão do direito ao saneamento básico para todas as pessoas, buscando fortalecer o empenho, à luz da fé, por políticas públicas e atitudes responsáveis que garantam a integridade e o futuro da Casa Comum, ou seja, do planeta Terra.

Durante toda a noite, os fiéis caminham como um “hábito penitencial”lembrando das fragilidades humanas, em busca da reconciliação e conversão.

O pároco da Catedral Josemar Mota faz o convite para que todos participem da Caminhada em preparação para a Páscoa. “Neste tempo quaresmal somos convidados pela palavra de Deus  a intensificar a  penitência ,a oração e a caridade. Reconheçamos que somos povo de Deus que caminha guiados pela palavra do Cristo, voltados para a pratica da  justiça e o direito e nos preparemos para viver a verdadeira páscoa", destaca.

Ricardo Souza
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23 de fev. de 2016

O eleitor para Bispo Coadjutor, Frei Beto Breis escreve para todos os fiéis da Diocese de Juazeiro.



Exmo Dom José Geraldo da Cruz, bispo diocesano,
Estimados Irmãos no sacerdócio,
consagrados, consagradas e todo o Povo de Deus da Igreja que está em Juazeiro,

Paz e Bem!

"Com certeza, em quem é nomeado bispo surge um sentimento muito forte de responsabilidade e de amor por sua nova diocese. Sente no coração que está vinculado a essa nova realidade e deseja servi-la com todas as forças" (Cardeal Martini)

                Poucas palavras expressam tão oportunamente o que sinto neste momento, desde minha nomeação para o serviço de vocês como bispo coadjutor, como essas do sábio e exímio pastor Carlo Maria Martini (+2012). Desde que o Senhor Núncio Apostólico me apresentou a eleição por parte do santo Padre tenho buscado informações sobre a sua realidade e a sua História, o que muito tem alegrado meu coração e interpelado minhas disposições interiores.

                Sendo natural do Estado de Santa Catarina fiz opção já no tempo de profissão temporária de viver e trabalhar como franciscano no Nordeste do Brasil. Sou catarinense de coração nordestino, de identificação com esta terra e sua gente, de sotaque com resquícios barriga-verdes, mas com fortes marcas cearenses e pernambucanas. E isso me alegra bastante! Depois de duas décadas conciliando a dedicação do Povo de Deus em paróquias e comunidades com o serviço da formação inicial e animação dos confrades, foi-me confiado no último Capitulo (Assembleia) de nossa Província a tarefa de Ministro Provincial, de "lavar os pés dos irmãos" (como tanto frisava São Francisco). Com as mesmas prontidão missionária e humilde e sincera disposição de servir à Igreja acolhi a nomeação do Papa Francisco para ser o bispo coadjutor dessa Igreja Particular.

                Minha cidade natal dica banhada por uma baia que os espanhóis ao avistarem em meados do século XVI pensaram tratar-se de um rio, o rio São Francisco... do Sul. Sentir-me-ei em casa junto às águas do "Velho Chico", com a missão de ser e "fazer pontes", estreitando laços de comunhão eclesial e estimulando uma Igreja "em saída", missionária e samaritana (como tão bem assinala a bela e reconhecida História dessa porção do Povo de Deus).

                Como vocês sabem, a cidade de Juazeiro nasceu a partir de uma Missão dos frades de nossa Província Francisca de Santo Antônio (de 1706 a 1840), uma Missão marcada por contradições próprias da época, mas também por um ardor missionário com fortes acentos de despojamento (que os franciscanos chamamos de Minoridade) e abnegação que hoje nos desafiam e interpelam. A bela imagem da Virgem das Grotas, Padroeira da cidade e da Diocese, é testemunha desses primórdios da Evangelização nessas paragens baianas e acena para a presença materna da "Virgem feita igreja", como chamava o Santo de Assis. Irei movido e co-movido pela mesma Paixão pelo Evangelho e pela decisão de fazer-me irmão e servidor dos irmãos. O lema que escolhi, "Nasceu por nós no caminho" (natus fuit pro nobis en Via) é um trecho de um salmo natalino composto po São Francisco de Assis. Ao encanto pelo Senhor Oni-ponte que humildemente fez-se pequeno e pobre, nosso irmão, soma-se a exigência de seguirmos suas pegadas, colocarmo-nos permanentemente a caminho ("in via"), em permanente estado de Missão e de conversão eclesial.

                Sou francisquense, franciscano e, a partir de agora, serei sãofranciscano, bebendo das àguas do "rio da integração nacional" e percorrendo ruas e estradas da Diocese com o cajado de pastor e as sandálias de frade menor.

               Agradeço a terna acolhida que tenho recebido desde o anuncio da minha nomeação para esse ministério junto a vocês. Conto com suas orações para que possa assumir com fidelidade e entusiasmo a vocação de discípulo missionário e "testemunha próxima e alegre de Cristo, Bom Pastor" (DocAp, n. 187), para que seja um Pastor com "o cheiro das ovelhas" (Papa Francisco), a exemplo dos que apascentaram esse rebanho desde a criação da Diocese.

Atenciosa e afetuosamente,

Frei Beto Breis, ofm
Bispo Coadjutor Eleito
Diocese de Juazeiro Bahia.
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17 de fev. de 2016

Papa Francisco nomeia Bispo Coadjutor para nossa Diocese.


O Papa Francisco nomeou nesta quarta-feira, 17/02, o Bispo Coadjuntor de Juazeiro.

Frei Carlos Alberto Breis Pereira (Frei Beto Breis), OFM, que assumirá como Bispo Coadjutor de Juazeiro, é Ministro Provincial da Província Franciscana de Santo Antônio do Brasil. Atualmente é Vigário Paroquial da Paróquia Sagrado Coração de Jesus – SALGADINHO, Convento São Francisco, em Olinda-PE.

Natural de São Francisco do Sul (SC), nasceu em 16 de setembro de 1965. Ingressou na Província Franciscana da Imaculada Conceição e fez o noviciado. Depois, transferiu-se para a Província de Santo Antônio, em Olinda-PE.

Realizou sua profissão religiosa em 10 de janeiro de 1987 e foi orden
ado sacerdote em 20 de agosto de 1994. Estudou Filosofia no Instituto de Teologia do Recife e Teologia no Instituto Franciscano de Teologia de Olinda.  Licenciou-se em Teologia Espiritual na Pontifícia Universidade Antonianum de Roma (2005-2007).

Frei Carlos Alberto foi pároco em várias paróquias; mestre dos professores temporários; secretário provincial da formação e estudos; guardião e definidor provincial; vigário provincial; moderador da formação permanente; coordenador do serviço de formação da Conferência O.F.M. no Brasil.

Ano passado, durante coletiva de imprensa para anúncio da programação dos festejos da Padroeira de Juazeiro e da Diocese, Nossa Senhora das Grotas, o Bispo Diocesano Dom José Geraldo ja havia anunciado a sua aposentadoria para este ano.

Em comunicado distribuído à imprensa na manhã desta quarta-feira, 17/02, Dom José Geraldo fez o anúncio da nomeação de Frei Beto. “Não é a pessoa que eu tinha sugerido, mas, pelo currículo dele creio que trará grandes esperanças para a nossa Diocese e corresponderá certamente ao que nós pensávamos. É franciscano, deixando-nos muito à vontade às margens do Rio Francisco (sic). Aliás, ele é originário da cidade de São Francisco do Sul, localizada na Ilha de São Francisco. Parece profético!”.

Dom José Geraldo ainda permanecerá na condução da Diocese de Juazeiro até o dia 08 de agosto, quando completará 75 anos. Na coletiva D. José Geraldo disse ainda que após a sua demissão deverá fixar residência em Juazeiro, cidade que o acolheu como se fosse um filho da terra.

PS.: O bispo-coadjutor é um bispo-titular da Igreja Católica nomeado para ajudar e substituir um bispo, arcebispo ou um prelado no exercício das suas funções com direito a sucessão. Ele deve ser nomeado vigário-geral pelo bispo diocesano. Vagando a Sé episcopal, o bispo-coadjutor torna-se imediatamente o bispo diocesano.

Recebeu em presente o solideu das mãos de D. Fernando Saburido, arcebispo de Olinda e Recife, e a Cruz Peitoral de Dom Genilval Saraiva, Bispo Emérito de Palmares-PE, que fizeram o anúncio a Frei Beto.



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15 de fev. de 2016

Tempo da Quaresma: Eis o tempo favorável



A quaresma é o tempo litúrgico de conversão, que a Igreja marca para nos preparar para a grande festa da Páscoa. É tempo para nos arrepender dos nossos pecados e de mudar algo de nós para sermos melhores e poder viver mais próximos de Cristo.

A quaresma dura 40 dias; começa na Quarta-feira de Cinzas e termina no Domingo de Ramos. Ao longo deste tempo, sobretudo na liturgia do domingo, fazemos um esforço para recuperar o ritmo e estilo de verdadeiros fiéis que devemos viver como filhos de Deus.

A cor litúrgica deste tempo é o roxo, que significa luto e penitência. É um tempo de reflexão, de penitência, de conversão espiritual; tempo e preparação para o mistério pascal.

Na quaresma, Cristo nos convida a mudar de vida. A Igreja nos convida a viver a Quaresma como um caminho a Jesus Cristo, escutando a Palavra de Deus, orando, compartilhando com o próximo e praticando boas obras. Nos convida a viver uma série de atitudes cristãs que nos ajudam a parecer mais com Jesus Cristo, já que por ação do pecado, nos afastamos mais de Deus.

Por isso, a Quaresma é o tempo do perdão e da reconciliação fraterna. Cada dia, durante a vida, devemos retirar de nossos corações o ódio, o rancor, a inveja, os zelos que se opõem a nosso amor a Deus e aos irmãos. Na Quaresma, aprendemos a conhecer e apreciar a Cruz de Jesus. Com isto aprendemos também a tomar nossa cruz com alegria para alcançar a glória da ressurreição.


40 dias

A duração da Quaresma está baseada no símbolo do número quarenta na Bíblia. Nesta, é falada dos quarenta dias do dilúvio, dos quarenta anos de peregrinação do povo judeu pelo deserto, dos quarenta dias e Moisés e de Elias na montanha, dos quarenta dias que Jesus passou no deserto antes de começar sua vida pública, dos 400 anos que durou o exílio dos judeus no Egito.

Na Bíblia, o número quatro simboliza o universo material, seguido de zeros significa o tempo de nossa vida na terra, seguido de provações e dificuldades.

A prática da Quaresma data do século IV, quando se dá a tendência a constituí-la em tempo de penitência e de renovação para toda a Igreja, com a prática do jejum e da abstinência. Conservada com bastante vigor, ao menos em um princípio, nas Igrejas do oriente, a prática penitencial da Quaresma tem sido cada vez mais abrandada no ocidente, mas deve-se observar um espírito penitencial e de conversão.


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10 de fev. de 2016

MENSAGEM DO SANTO PADRE FRANCISCO PARA A QUARESMA DE 2016

 «“Prefiro a misericórdia ao sacrifício” (Mt 9, 13). 
As obras de misericórdia no caminho jubilar»


1. Maria, ícone duma Igreja que evangeliza porque evangelizada

Na Bula de proclamação do Jubileu, fiz o convite para que «a Quaresma deste Ano Jubilar seja vivida mais intensamente como tempo forte para celebrar e experimentar a misericórdia de Deus» (Misericordiӕ Vultus, 17). Com o apelo à escuta da Palavra de Deus e à iniciativa «24 horas para o Senhor», quis sublinhar a primazia da escuta orante da Palavra, especialmente a palavra profética. Com efeito, a misericórdia de Deus é um anúncio ao mundo; mas cada cristão é chamado a fazer pessoalmente experiência de tal anúncio. Por isso, no tempo da Quaresma, enviarei os Missionários da Misericórdia a fim de serem, para todos, um sinal concreto da proximidade e do perdão de Deus.

Maria, por ter acolhido a Boa Notícia que Lhe fora dada pelo arcanjo Gabriel, canta profeticamente, no Magnificat, a misericórdia com que Deus A predestinou. Deste modo a Virgem de Nazaré, prometida esposa de José, torna-se o ícone perfeito da Igreja que evangeliza porque foi e continua a ser evangelizada por obra do Espírito Santo, que fecundou o seu ventre virginal. Com efeito, na tradição profética, a misericórdia aparece estreitamente ligada – mesmo etimologicamente – com as vísceras maternas (rahamim) e com uma bondade generosa, fiel e compassiva (hesed) que se vive no âmbito das relações conjugais e parentais.


2. A aliança de Deus com os homens: uma história de misericórdia

O mistério da misericórdia divina desvenda-se no decurso da história da aliança entre Deus e o seu povo Israel. Na realidade, Deus mostra-Se sempre rico de misericórdia, pronto em qualquer circunstância a derramar sobre o seu povo uma ternura e uma compaixão viscerais, sobretudo nos momentos mais dramáticos quando a infidelidade quebra o vínculo do Pacto e se requer que a aliança seja ratificada de maneira mais estável na justiça e na verdade. Encontramo-nos aqui perante um verdadeiro e próprio drama de amor, no qual Deus desempenha o papel de pai e marido traído, enquanto Israel desempenha o de filho/filha e esposa infiéis. São precisamente as imagens familiares – como no caso de Oseias (cf. Os 1-2) – que melhor exprimem até que ponto Deus quer ligar-Se ao seu povo.

Este drama de amor alcança o seu ápice no Filho feito homem. N’Ele, Deus derrama a sua misericórdia sem limites até ao ponto de fazer d’Ele a Misericórdia encarnada (cf. Misericordiӕ Vultus, 8). Na realidade, Jesus de Nazaré enquanto homem é, para todos os efeitos, filho de Israel. E é-o ao ponto de encarnar aquela escuta perfeita de Deus que se exige a cada judeu pelo Shemà, fulcro ainda hoje da aliança de Deus com Israel: «Escuta, Israel! O Senhor é nosso Deus; o Senhor é único! Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todas as tuas forças» (Dt 6, 4-5). O Filho de Deus é o Esposo que tudo faz para ganhar o amor da sua Esposa, à qual O liga o seu amor incondicional que se torna visível nas núpcias eternas com ela.

Este é o coração pulsante do querigma apostólico, no qual ocupa um lugar central e fundamental a misericórdia divina. Nele sobressai «a beleza do amor salvífico de Deus manifestado em Jesus Cristo morto e ressuscitado» (Evangelii gaudium, 36), aquele primeiro anúncio que «sempre se tem de voltar a ouvir de diferentes maneiras e aquele que sempre se tem de voltar a anunciar, duma forma ou doutra, durante a catequese» (Ibid., 164). Então a Misericórdia «exprime o comportamento de Deus para com o pecador, oferecendo-lhe uma nova possibilidade de se arrepender, converter e acreditar» (Misericordiӕ Vultus, 21), restabelecendo precisamente assim a relação com Ele. E, em Jesus crucificado, Deus chega ao ponto de querer alcançar o pecador no seu afastamento mais extremo, precisamente lá onde ele se perdeu e afastou d'Ele. E faz isto na esperança de assim poder finalmente comover o coração endurecido da sua Esposa.


3. As obras de misericórdia

A misericórdia de Deus transforma o coração do homem e faz-lhe experimentar um amor fiel, tornando-o assim, por sua vez, capaz de misericórdia. É um milagre sempre novo que a misericórdia divina possa irradiar-se na vida de cada um de nós, estimulando-nos ao amor do próximo e animando aquilo que a tradição da Igreja chama as obras de misericórdia corporal e espiritual. Estas recordam-nos que a nossa fé se traduz em actos concretos e quotidianos, destinados a ajudar o nosso próximo no corpo e no espírito e sobre os quais havemos de ser julgados: alimentá-lo, visitá-lo, confortá-lo, educá-lo. Por isso, expressei o desejo de que «o povo cristão reflicta, durante o Jubileu, sobre as obras de misericórdia corporal e espiritual. Será uma maneira de acordar a nossa consciência, muitas vezes adormecida perante o drama da pobreza, e de entrar cada vez mais no coração do Evangelho, onde os pobres são os privilegiados da misericórdia divina» (Ibid., 15). Realmente, no pobre, a carne de Cristo «torna-se de novo visível como corpo martirizado, chagado, flagelado, desnutrido, em fuga... a fim de ser reconhecido, tocado e assistido cuidadosamente por nós» (Ibid., 15). É o mistério inaudito e escandaloso do prolongamento na história do sofrimento do Cordeiro Inocente, sarça ardente de amor gratuito na presença da qual podemos apenas, como Moisés, tirar as sandálias (cf. Ex 3, 5); e mais ainda, quando o pobre é o irmão ou a irmã em Cristo que sofre por causa da sua fé.

Diante deste amor forte como a morte (cf. Ct 8, 6), fica patente como o pobre mais miserável seja aquele que não aceita reconhecer-se como tal. Pensa que é rico, mas na realidade é o mais pobre dos pobres. E isto porque é escravo do pecado, que o leva a utilizar riqueza e poder, não para servir a Deus e aos outros, mas para sufocar em si mesmo a consciência profunda de ser, ele também, nada mais que um pobre mendigo. E quanto maior for o poder e a riqueza à sua disposição, tanto maior pode tornar-se esta cegueira mentirosa. Chega ao ponto de não querer ver sequer o pobre Lázaro que mendiga à porta da sua casa (cf. Lc 16, 20-21), sendo este figura de Cristo que, nos pobres, mendiga a nossa conversão. Lázaro é a possibilidade de conversão que Deus nos oferece e talvez não vejamos. E esta cegueira está acompanhada por um soberbo delírio de omnipotência, no qual ressoa sinistramente aquele demoníaco «sereis como Deus» (Gn 3, 5) que é a raiz de qualquer pecado. Tal delírio pode assumir também formas sociais e políticas, como mostraram os totalitarismos do século XX e mostram hoje as ideologias do pensamento único e da tecnociência que pretendem tornar Deus irrelevante e reduzir o homem a massa possível de instrumentalizar. E podem actualmente mostrá-lo também as estruturas de pecado ligadas a um modelo de falso desenvolvimento fundado na idolatria do dinheiro, que torna indiferentes ao destino dos pobres as pessoas e as sociedades mais ricas, que lhes fecham as portas recusando-se até mesmo a vê-los.

Portanto a Quaresma deste Ano Jubilar é um tempo favorável para todos poderem, finalmente, sair da própria alienação existencial, graças à escuta da Palavra e às obras de misericórdia. Se, por meio das obras corporais, tocamos a carne de Cristo nos irmãos e irmãs necessitados de ser nutridos, vestidos, alojados, visitados, as obras espirituais tocam mais directamente o nosso ser de pecadores: aconselhar, ensinar, perdoar, admoestar, rezar. Por isso, as obras corporais e as espirituais nunca devem ser separadas. Com efeito, é precisamente tocando, no miserável, a carne de Jesus crucificado que o pecador pode receber, em dom, a consciência de ser ele próprio um pobre mendigo. Por esta estrada, também os «soberbos», os «poderosos» e os «ricos», de que fala o Magnificat, têm a possibilidade de aperceber-se que são, imerecidamente, amados pelo Crucificado, morto e ressuscitado também por eles. Somente neste amor temos a resposta àquela sede de felicidade e amor infinitos que o homem se ilude de poder colmar mediante os ídolos do saber, do poder e do possuir. Mas permanece sempre o perigo de que os soberbos, os ricos e os poderosos – por causa de um fechamento cada vez mais hermético a Cristo, que, no pobre, continua a bater à porta do seu coração – acabem por se condenar precipitando-se eles mesmos naquele abismo eterno de solidão que é o inferno. Por isso, eis que ressoam de novo para eles, como para todos nós, as palavras veementes de Abraão: «Têm Moisés e o Profetas; que os oiçam!» (Lc 16, 29). Esta escuta activa preparar-nos-á da melhor maneira para festejar a vitória definitiva sobre o pecado e a morte conquistada pelo Esposo já ressuscitado, que deseja purificar a sua prometida Esposa, na expectativa da sua vinda.

Não percamos este tempo de Quaresma favorável à conversão! Pedimo-lo pela intercessão materna da Virgem Maria, a primeira que, diante da grandeza da misericórdia divina que Lhe foi concedida gratuitamente, reconheceu a sua pequenez (cf. Lc 1, 48), confessando-Se a humilde serva do Senhor (cf. Lc 1, 38).

Vaticano, 4 de Outubro de 2015
Festa de S. Francisco de Assis

Papa Francisco
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Diocese de Juazeiro abre Campanha da Fraternidade 2016 nesta quarta (10)



A Campanha da Fraternidade Ecumênica (CFE) 2016 será lançada, oficialmente, nesta quarta-feira (10). O tema da Campanha é “Casa Comum, nossa responsabilidade”. O lema bíblico é “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca”.

O objetivo é chamar atenção para a questão do direito ao saneamento básico para todas as pessoas, buscando fortalecer o empenho, à luz da fé, por políticas públicas e atitudes responsáveis que garantam a integridade e o futuro da Casa Comum, ou seja, do planeta Terra.

Na Diocese de Juazeiro, os católicos celebram a “Quarta-feira de Cinzas”, que dá início ao período da Quaresmal. Como de costume, haverá missas especiais nas paróquias e comunidades da Diocese e no Santuário Catedral Nossa Senhora das Grotas, a missa acontece às 19h30.

Durante as celebrações do dia, será feita a tradicional imposição das cinzas sobre a cabeça dos fiéis.


O que é a Quarta-feira de Cinzas?

É o primeiro dia da Quaresma, ou seja, dos 40 dias nos quais a Igreja chama os fiéis a converter-se e a preparar-se verdadeiramente para viver os mistérios da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo durante a Semana Santa.

A tradição de impor a cinza é da Igreja primitiva. Naquela época, as pessoas colocavam as cinzas na cabeça e se apresentavam ante a comunidade com um “hábito penitencial” para receber o Sacramento da Reconciliação na Quinta-feira Santa.

A Quaresma adquiriu um sentido penitencial para todos os cristãos quase 400 anos d.C. e, a partir do século XI, a Igreja de Roma impõe as cinzas no início deste tempo.

Para o vigário geral da Diocese de Juazeiro, Josemar Mota, "Quaresma é tempo de graça, tempo de conversão, tempo de escuta da Palavra de Deus, onde somos interpelados a vivermos o testemunho da fé.  Este tempo nos é propicio para nos deixarmos ser questionados pela palavra de Deus, diante de tantos acontecimentos que contradizem a vontade do Senhor".


Ricardo Souza
PASCOM - CATEDRAL SANTUÁRIO
Paróquia Nossa Senhora das Grotas
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