7 de mar. de 2016

Diocese de Juazeiro realiza 37ª Caminhada da Penitência


A tradicional Caminhada Penitencial promovida pela Diocese de Juazeiro chega  a sua 37ª edição. No próximo dia 12 de março, sábado,  cerca de 6 mil pessoas são esperadas no trajeto entre a igreja de Santo Antônio, bairro Antônio Guilhermino até a Catedral Santuário Nossa Senhora das Grotas em mais de  5h de caminhada, onde os católicos fazem seus sacrifícios e orações em preparação a festa da Pascoa. A Caminhada da penitência é organizada esse ano pela Paróquia da Catedral e Setor Diocesano da Juventude.

À 22hs haverá a celebração da Missa, presidida pelo Bispo Dom José Geraldo da Cruz marcando a abertura da caminhada, que segue pelos bairros Alto da Aliança, Piranga, Santo Antônio, Alagadiço e Centro.

Durante o percusso haverá momentos de reflexão em alusão ao tema da Campanha da Fraternidade 2016: “Casa Comum, nossa responsabilidade” com o lema bíblico “quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca”. O objetivo é chamar atenção para a questão do direito ao saneamento básico para todas as pessoas, buscando fortalecer o empenho, à luz da fé, por políticas públicas e atitudes responsáveis que garantam a integridade e o futuro da Casa Comum, ou seja, do planeta Terra.

Durante toda a noite, os fiéis caminham como um “hábito penitencial”lembrando das fragilidades humanas, em busca da reconciliação e conversão.

O pároco da Catedral Josemar Mota faz o convite para que todos participem da Caminhada em preparação para a Páscoa. “Neste tempo quaresmal somos convidados pela palavra de Deus  a intensificar a  penitência ,a oração e a caridade. Reconheçamos que somos povo de Deus que caminha guiados pela palavra do Cristo, voltados para a pratica da  justiça e o direito e nos preparemos para viver a verdadeira páscoa", destaca.

Ricardo Souza
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23 de fev. de 2016

O eleitor para Bispo Coadjutor, Frei Beto Breis escreve para todos os fiéis da Diocese de Juazeiro.



Exmo Dom José Geraldo da Cruz, bispo diocesano,
Estimados Irmãos no sacerdócio,
consagrados, consagradas e todo o Povo de Deus da Igreja que está em Juazeiro,

Paz e Bem!

"Com certeza, em quem é nomeado bispo surge um sentimento muito forte de responsabilidade e de amor por sua nova diocese. Sente no coração que está vinculado a essa nova realidade e deseja servi-la com todas as forças" (Cardeal Martini)

                Poucas palavras expressam tão oportunamente o que sinto neste momento, desde minha nomeação para o serviço de vocês como bispo coadjutor, como essas do sábio e exímio pastor Carlo Maria Martini (+2012). Desde que o Senhor Núncio Apostólico me apresentou a eleição por parte do santo Padre tenho buscado informações sobre a sua realidade e a sua História, o que muito tem alegrado meu coração e interpelado minhas disposições interiores.

                Sendo natural do Estado de Santa Catarina fiz opção já no tempo de profissão temporária de viver e trabalhar como franciscano no Nordeste do Brasil. Sou catarinense de coração nordestino, de identificação com esta terra e sua gente, de sotaque com resquícios barriga-verdes, mas com fortes marcas cearenses e pernambucanas. E isso me alegra bastante! Depois de duas décadas conciliando a dedicação do Povo de Deus em paróquias e comunidades com o serviço da formação inicial e animação dos confrades, foi-me confiado no último Capitulo (Assembleia) de nossa Província a tarefa de Ministro Provincial, de "lavar os pés dos irmãos" (como tanto frisava São Francisco). Com as mesmas prontidão missionária e humilde e sincera disposição de servir à Igreja acolhi a nomeação do Papa Francisco para ser o bispo coadjutor dessa Igreja Particular.

                Minha cidade natal dica banhada por uma baia que os espanhóis ao avistarem em meados do século XVI pensaram tratar-se de um rio, o rio São Francisco... do Sul. Sentir-me-ei em casa junto às águas do "Velho Chico", com a missão de ser e "fazer pontes", estreitando laços de comunhão eclesial e estimulando uma Igreja "em saída", missionária e samaritana (como tão bem assinala a bela e reconhecida História dessa porção do Povo de Deus).

                Como vocês sabem, a cidade de Juazeiro nasceu a partir de uma Missão dos frades de nossa Província Francisca de Santo Antônio (de 1706 a 1840), uma Missão marcada por contradições próprias da época, mas também por um ardor missionário com fortes acentos de despojamento (que os franciscanos chamamos de Minoridade) e abnegação que hoje nos desafiam e interpelam. A bela imagem da Virgem das Grotas, Padroeira da cidade e da Diocese, é testemunha desses primórdios da Evangelização nessas paragens baianas e acena para a presença materna da "Virgem feita igreja", como chamava o Santo de Assis. Irei movido e co-movido pela mesma Paixão pelo Evangelho e pela decisão de fazer-me irmão e servidor dos irmãos. O lema que escolhi, "Nasceu por nós no caminho" (natus fuit pro nobis en Via) é um trecho de um salmo natalino composto po São Francisco de Assis. Ao encanto pelo Senhor Oni-ponte que humildemente fez-se pequeno e pobre, nosso irmão, soma-se a exigência de seguirmos suas pegadas, colocarmo-nos permanentemente a caminho ("in via"), em permanente estado de Missão e de conversão eclesial.

                Sou francisquense, franciscano e, a partir de agora, serei sãofranciscano, bebendo das àguas do "rio da integração nacional" e percorrendo ruas e estradas da Diocese com o cajado de pastor e as sandálias de frade menor.

               Agradeço a terna acolhida que tenho recebido desde o anuncio da minha nomeação para esse ministério junto a vocês. Conto com suas orações para que possa assumir com fidelidade e entusiasmo a vocação de discípulo missionário e "testemunha próxima e alegre de Cristo, Bom Pastor" (DocAp, n. 187), para que seja um Pastor com "o cheiro das ovelhas" (Papa Francisco), a exemplo dos que apascentaram esse rebanho desde a criação da Diocese.

Atenciosa e afetuosamente,

Frei Beto Breis, ofm
Bispo Coadjutor Eleito
Diocese de Juazeiro Bahia.
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17 de fev. de 2016

Papa Francisco nomeia Bispo Coadjutor para nossa Diocese.


O Papa Francisco nomeou nesta quarta-feira, 17/02, o Bispo Coadjuntor de Juazeiro.

Frei Carlos Alberto Breis Pereira (Frei Beto Breis), OFM, que assumirá como Bispo Coadjutor de Juazeiro, é Ministro Provincial da Província Franciscana de Santo Antônio do Brasil. Atualmente é Vigário Paroquial da Paróquia Sagrado Coração de Jesus – SALGADINHO, Convento São Francisco, em Olinda-PE.

Natural de São Francisco do Sul (SC), nasceu em 16 de setembro de 1965. Ingressou na Província Franciscana da Imaculada Conceição e fez o noviciado. Depois, transferiu-se para a Província de Santo Antônio, em Olinda-PE.

Realizou sua profissão religiosa em 10 de janeiro de 1987 e foi orden
ado sacerdote em 20 de agosto de 1994. Estudou Filosofia no Instituto de Teologia do Recife e Teologia no Instituto Franciscano de Teologia de Olinda.  Licenciou-se em Teologia Espiritual na Pontifícia Universidade Antonianum de Roma (2005-2007).

Frei Carlos Alberto foi pároco em várias paróquias; mestre dos professores temporários; secretário provincial da formação e estudos; guardião e definidor provincial; vigário provincial; moderador da formação permanente; coordenador do serviço de formação da Conferência O.F.M. no Brasil.

Ano passado, durante coletiva de imprensa para anúncio da programação dos festejos da Padroeira de Juazeiro e da Diocese, Nossa Senhora das Grotas, o Bispo Diocesano Dom José Geraldo ja havia anunciado a sua aposentadoria para este ano.

Em comunicado distribuído à imprensa na manhã desta quarta-feira, 17/02, Dom José Geraldo fez o anúncio da nomeação de Frei Beto. “Não é a pessoa que eu tinha sugerido, mas, pelo currículo dele creio que trará grandes esperanças para a nossa Diocese e corresponderá certamente ao que nós pensávamos. É franciscano, deixando-nos muito à vontade às margens do Rio Francisco (sic). Aliás, ele é originário da cidade de São Francisco do Sul, localizada na Ilha de São Francisco. Parece profético!”.

Dom José Geraldo ainda permanecerá na condução da Diocese de Juazeiro até o dia 08 de agosto, quando completará 75 anos. Na coletiva D. José Geraldo disse ainda que após a sua demissão deverá fixar residência em Juazeiro, cidade que o acolheu como se fosse um filho da terra.

PS.: O bispo-coadjutor é um bispo-titular da Igreja Católica nomeado para ajudar e substituir um bispo, arcebispo ou um prelado no exercício das suas funções com direito a sucessão. Ele deve ser nomeado vigário-geral pelo bispo diocesano. Vagando a Sé episcopal, o bispo-coadjutor torna-se imediatamente o bispo diocesano.

Recebeu em presente o solideu das mãos de D. Fernando Saburido, arcebispo de Olinda e Recife, e a Cruz Peitoral de Dom Genilval Saraiva, Bispo Emérito de Palmares-PE, que fizeram o anúncio a Frei Beto.



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15 de fev. de 2016

Tempo da Quaresma: Eis o tempo favorável



A quaresma é o tempo litúrgico de conversão, que a Igreja marca para nos preparar para a grande festa da Páscoa. É tempo para nos arrepender dos nossos pecados e de mudar algo de nós para sermos melhores e poder viver mais próximos de Cristo.

A quaresma dura 40 dias; começa na Quarta-feira de Cinzas e termina no Domingo de Ramos. Ao longo deste tempo, sobretudo na liturgia do domingo, fazemos um esforço para recuperar o ritmo e estilo de verdadeiros fiéis que devemos viver como filhos de Deus.

A cor litúrgica deste tempo é o roxo, que significa luto e penitência. É um tempo de reflexão, de penitência, de conversão espiritual; tempo e preparação para o mistério pascal.

Na quaresma, Cristo nos convida a mudar de vida. A Igreja nos convida a viver a Quaresma como um caminho a Jesus Cristo, escutando a Palavra de Deus, orando, compartilhando com o próximo e praticando boas obras. Nos convida a viver uma série de atitudes cristãs que nos ajudam a parecer mais com Jesus Cristo, já que por ação do pecado, nos afastamos mais de Deus.

Por isso, a Quaresma é o tempo do perdão e da reconciliação fraterna. Cada dia, durante a vida, devemos retirar de nossos corações o ódio, o rancor, a inveja, os zelos que se opõem a nosso amor a Deus e aos irmãos. Na Quaresma, aprendemos a conhecer e apreciar a Cruz de Jesus. Com isto aprendemos também a tomar nossa cruz com alegria para alcançar a glória da ressurreição.


40 dias

A duração da Quaresma está baseada no símbolo do número quarenta na Bíblia. Nesta, é falada dos quarenta dias do dilúvio, dos quarenta anos de peregrinação do povo judeu pelo deserto, dos quarenta dias e Moisés e de Elias na montanha, dos quarenta dias que Jesus passou no deserto antes de começar sua vida pública, dos 400 anos que durou o exílio dos judeus no Egito.

Na Bíblia, o número quatro simboliza o universo material, seguido de zeros significa o tempo de nossa vida na terra, seguido de provações e dificuldades.

A prática da Quaresma data do século IV, quando se dá a tendência a constituí-la em tempo de penitência e de renovação para toda a Igreja, com a prática do jejum e da abstinência. Conservada com bastante vigor, ao menos em um princípio, nas Igrejas do oriente, a prática penitencial da Quaresma tem sido cada vez mais abrandada no ocidente, mas deve-se observar um espírito penitencial e de conversão.


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10 de fev. de 2016

MENSAGEM DO SANTO PADRE FRANCISCO PARA A QUARESMA DE 2016

 «“Prefiro a misericórdia ao sacrifício” (Mt 9, 13). 
As obras de misericórdia no caminho jubilar»


1. Maria, ícone duma Igreja que evangeliza porque evangelizada

Na Bula de proclamação do Jubileu, fiz o convite para que «a Quaresma deste Ano Jubilar seja vivida mais intensamente como tempo forte para celebrar e experimentar a misericórdia de Deus» (Misericordiӕ Vultus, 17). Com o apelo à escuta da Palavra de Deus e à iniciativa «24 horas para o Senhor», quis sublinhar a primazia da escuta orante da Palavra, especialmente a palavra profética. Com efeito, a misericórdia de Deus é um anúncio ao mundo; mas cada cristão é chamado a fazer pessoalmente experiência de tal anúncio. Por isso, no tempo da Quaresma, enviarei os Missionários da Misericórdia a fim de serem, para todos, um sinal concreto da proximidade e do perdão de Deus.

Maria, por ter acolhido a Boa Notícia que Lhe fora dada pelo arcanjo Gabriel, canta profeticamente, no Magnificat, a misericórdia com que Deus A predestinou. Deste modo a Virgem de Nazaré, prometida esposa de José, torna-se o ícone perfeito da Igreja que evangeliza porque foi e continua a ser evangelizada por obra do Espírito Santo, que fecundou o seu ventre virginal. Com efeito, na tradição profética, a misericórdia aparece estreitamente ligada – mesmo etimologicamente – com as vísceras maternas (rahamim) e com uma bondade generosa, fiel e compassiva (hesed) que se vive no âmbito das relações conjugais e parentais.


2. A aliança de Deus com os homens: uma história de misericórdia

O mistério da misericórdia divina desvenda-se no decurso da história da aliança entre Deus e o seu povo Israel. Na realidade, Deus mostra-Se sempre rico de misericórdia, pronto em qualquer circunstância a derramar sobre o seu povo uma ternura e uma compaixão viscerais, sobretudo nos momentos mais dramáticos quando a infidelidade quebra o vínculo do Pacto e se requer que a aliança seja ratificada de maneira mais estável na justiça e na verdade. Encontramo-nos aqui perante um verdadeiro e próprio drama de amor, no qual Deus desempenha o papel de pai e marido traído, enquanto Israel desempenha o de filho/filha e esposa infiéis. São precisamente as imagens familiares – como no caso de Oseias (cf. Os 1-2) – que melhor exprimem até que ponto Deus quer ligar-Se ao seu povo.

Este drama de amor alcança o seu ápice no Filho feito homem. N’Ele, Deus derrama a sua misericórdia sem limites até ao ponto de fazer d’Ele a Misericórdia encarnada (cf. Misericordiӕ Vultus, 8). Na realidade, Jesus de Nazaré enquanto homem é, para todos os efeitos, filho de Israel. E é-o ao ponto de encarnar aquela escuta perfeita de Deus que se exige a cada judeu pelo Shemà, fulcro ainda hoje da aliança de Deus com Israel: «Escuta, Israel! O Senhor é nosso Deus; o Senhor é único! Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todas as tuas forças» (Dt 6, 4-5). O Filho de Deus é o Esposo que tudo faz para ganhar o amor da sua Esposa, à qual O liga o seu amor incondicional que se torna visível nas núpcias eternas com ela.

Este é o coração pulsante do querigma apostólico, no qual ocupa um lugar central e fundamental a misericórdia divina. Nele sobressai «a beleza do amor salvífico de Deus manifestado em Jesus Cristo morto e ressuscitado» (Evangelii gaudium, 36), aquele primeiro anúncio que «sempre se tem de voltar a ouvir de diferentes maneiras e aquele que sempre se tem de voltar a anunciar, duma forma ou doutra, durante a catequese» (Ibid., 164). Então a Misericórdia «exprime o comportamento de Deus para com o pecador, oferecendo-lhe uma nova possibilidade de se arrepender, converter e acreditar» (Misericordiӕ Vultus, 21), restabelecendo precisamente assim a relação com Ele. E, em Jesus crucificado, Deus chega ao ponto de querer alcançar o pecador no seu afastamento mais extremo, precisamente lá onde ele se perdeu e afastou d'Ele. E faz isto na esperança de assim poder finalmente comover o coração endurecido da sua Esposa.


3. As obras de misericórdia

A misericórdia de Deus transforma o coração do homem e faz-lhe experimentar um amor fiel, tornando-o assim, por sua vez, capaz de misericórdia. É um milagre sempre novo que a misericórdia divina possa irradiar-se na vida de cada um de nós, estimulando-nos ao amor do próximo e animando aquilo que a tradição da Igreja chama as obras de misericórdia corporal e espiritual. Estas recordam-nos que a nossa fé se traduz em actos concretos e quotidianos, destinados a ajudar o nosso próximo no corpo e no espírito e sobre os quais havemos de ser julgados: alimentá-lo, visitá-lo, confortá-lo, educá-lo. Por isso, expressei o desejo de que «o povo cristão reflicta, durante o Jubileu, sobre as obras de misericórdia corporal e espiritual. Será uma maneira de acordar a nossa consciência, muitas vezes adormecida perante o drama da pobreza, e de entrar cada vez mais no coração do Evangelho, onde os pobres são os privilegiados da misericórdia divina» (Ibid., 15). Realmente, no pobre, a carne de Cristo «torna-se de novo visível como corpo martirizado, chagado, flagelado, desnutrido, em fuga... a fim de ser reconhecido, tocado e assistido cuidadosamente por nós» (Ibid., 15). É o mistério inaudito e escandaloso do prolongamento na história do sofrimento do Cordeiro Inocente, sarça ardente de amor gratuito na presença da qual podemos apenas, como Moisés, tirar as sandálias (cf. Ex 3, 5); e mais ainda, quando o pobre é o irmão ou a irmã em Cristo que sofre por causa da sua fé.

Diante deste amor forte como a morte (cf. Ct 8, 6), fica patente como o pobre mais miserável seja aquele que não aceita reconhecer-se como tal. Pensa que é rico, mas na realidade é o mais pobre dos pobres. E isto porque é escravo do pecado, que o leva a utilizar riqueza e poder, não para servir a Deus e aos outros, mas para sufocar em si mesmo a consciência profunda de ser, ele também, nada mais que um pobre mendigo. E quanto maior for o poder e a riqueza à sua disposição, tanto maior pode tornar-se esta cegueira mentirosa. Chega ao ponto de não querer ver sequer o pobre Lázaro que mendiga à porta da sua casa (cf. Lc 16, 20-21), sendo este figura de Cristo que, nos pobres, mendiga a nossa conversão. Lázaro é a possibilidade de conversão que Deus nos oferece e talvez não vejamos. E esta cegueira está acompanhada por um soberbo delírio de omnipotência, no qual ressoa sinistramente aquele demoníaco «sereis como Deus» (Gn 3, 5) que é a raiz de qualquer pecado. Tal delírio pode assumir também formas sociais e políticas, como mostraram os totalitarismos do século XX e mostram hoje as ideologias do pensamento único e da tecnociência que pretendem tornar Deus irrelevante e reduzir o homem a massa possível de instrumentalizar. E podem actualmente mostrá-lo também as estruturas de pecado ligadas a um modelo de falso desenvolvimento fundado na idolatria do dinheiro, que torna indiferentes ao destino dos pobres as pessoas e as sociedades mais ricas, que lhes fecham as portas recusando-se até mesmo a vê-los.

Portanto a Quaresma deste Ano Jubilar é um tempo favorável para todos poderem, finalmente, sair da própria alienação existencial, graças à escuta da Palavra e às obras de misericórdia. Se, por meio das obras corporais, tocamos a carne de Cristo nos irmãos e irmãs necessitados de ser nutridos, vestidos, alojados, visitados, as obras espirituais tocam mais directamente o nosso ser de pecadores: aconselhar, ensinar, perdoar, admoestar, rezar. Por isso, as obras corporais e as espirituais nunca devem ser separadas. Com efeito, é precisamente tocando, no miserável, a carne de Jesus crucificado que o pecador pode receber, em dom, a consciência de ser ele próprio um pobre mendigo. Por esta estrada, também os «soberbos», os «poderosos» e os «ricos», de que fala o Magnificat, têm a possibilidade de aperceber-se que são, imerecidamente, amados pelo Crucificado, morto e ressuscitado também por eles. Somente neste amor temos a resposta àquela sede de felicidade e amor infinitos que o homem se ilude de poder colmar mediante os ídolos do saber, do poder e do possuir. Mas permanece sempre o perigo de que os soberbos, os ricos e os poderosos – por causa de um fechamento cada vez mais hermético a Cristo, que, no pobre, continua a bater à porta do seu coração – acabem por se condenar precipitando-se eles mesmos naquele abismo eterno de solidão que é o inferno. Por isso, eis que ressoam de novo para eles, como para todos nós, as palavras veementes de Abraão: «Têm Moisés e o Profetas; que os oiçam!» (Lc 16, 29). Esta escuta activa preparar-nos-á da melhor maneira para festejar a vitória definitiva sobre o pecado e a morte conquistada pelo Esposo já ressuscitado, que deseja purificar a sua prometida Esposa, na expectativa da sua vinda.

Não percamos este tempo de Quaresma favorável à conversão! Pedimo-lo pela intercessão materna da Virgem Maria, a primeira que, diante da grandeza da misericórdia divina que Lhe foi concedida gratuitamente, reconheceu a sua pequenez (cf. Lc 1, 48), confessando-Se a humilde serva do Senhor (cf. Lc 1, 38).

Vaticano, 4 de Outubro de 2015
Festa de S. Francisco de Assis

Papa Francisco
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Diocese de Juazeiro abre Campanha da Fraternidade 2016 nesta quarta (10)



A Campanha da Fraternidade Ecumênica (CFE) 2016 será lançada, oficialmente, nesta quarta-feira (10). O tema da Campanha é “Casa Comum, nossa responsabilidade”. O lema bíblico é “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca”.

O objetivo é chamar atenção para a questão do direito ao saneamento básico para todas as pessoas, buscando fortalecer o empenho, à luz da fé, por políticas públicas e atitudes responsáveis que garantam a integridade e o futuro da Casa Comum, ou seja, do planeta Terra.

Na Diocese de Juazeiro, os católicos celebram a “Quarta-feira de Cinzas”, que dá início ao período da Quaresmal. Como de costume, haverá missas especiais nas paróquias e comunidades da Diocese e no Santuário Catedral Nossa Senhora das Grotas, a missa acontece às 19h30.

Durante as celebrações do dia, será feita a tradicional imposição das cinzas sobre a cabeça dos fiéis.


O que é a Quarta-feira de Cinzas?

É o primeiro dia da Quaresma, ou seja, dos 40 dias nos quais a Igreja chama os fiéis a converter-se e a preparar-se verdadeiramente para viver os mistérios da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo durante a Semana Santa.

A tradição de impor a cinza é da Igreja primitiva. Naquela época, as pessoas colocavam as cinzas na cabeça e se apresentavam ante a comunidade com um “hábito penitencial” para receber o Sacramento da Reconciliação na Quinta-feira Santa.

A Quaresma adquiriu um sentido penitencial para todos os cristãos quase 400 anos d.C. e, a partir do século XI, a Igreja de Roma impõe as cinzas no início deste tempo.

Para o vigário geral da Diocese de Juazeiro, Josemar Mota, "Quaresma é tempo de graça, tempo de conversão, tempo de escuta da Palavra de Deus, onde somos interpelados a vivermos o testemunho da fé.  Este tempo nos é propicio para nos deixarmos ser questionados pela palavra de Deus, diante de tantos acontecimentos que contradizem a vontade do Senhor".


Ricardo Souza
PASCOM - CATEDRAL SANTUÁRIO
Paróquia Nossa Senhora das Grotas
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26 de jan. de 2016

Ano da Misericórdia: entenda o significado e como receber indulgências










#AnodaMisericordia #PortaSanta #ParoquiaNSradasGrotas

O Ano da Santo da Misericórdia já está se aproximando: a abertura acontecerá no próximo dia 8 de dezembro, na Solenidade da Imaculada Conceição. E para entender melhor o que significa este ano jubilar e como bem viver, seguem abaixo as orientações, como praticar as obras de misericórdia e receber indulgências.

Outra dica também para os jovens é se aprofundar na mensagem do Papa Francisco para a XXXI Jornada Mundial da Juventude 2016, a ser realizada de 25 a 31 de julho, em Cracóvia (Polônia). O tema da JMJ se insere no contexto do Ano da Misericórdia e este texto do Santo Padre orienta ainda os jovens a como se preparar para o grande encontro mundial.


O que é o Ano Santo?

O Papa Francisco anunciou o Jubileu do Ano Santo da Misericórdia por meio da Bula de Proclamação Misericordiae Vultus (O Rosto da Misericórdia). O Jubileu inicia em 08 de dezembro de 2015 e se concluirá no dia 20 de novembro de 2016, com a Solenidade de Jesus Cristo Rei do Universo.

A celebração do Jubileu se origina no judaísmo. Consistia em uma comemoração de um ano sabático que tinha um significado especial. A festa se realizava a cada 50 anos. Durante o ano os escravos eram libertados, restituíam-se as propriedades às pessoas que as haviam perdido, perdoavam-se as dívidas, as terras deviam permanecer sem cultivar e se descansava. Era um ano de reconciliação geral. Na Bíblia, encontramos algumas passagens dessa celebração judaica (cf. Lv 25,8).


O que significa Jubileu?

A palavra Jubileu se inspira no termo hebreu de yobel, que se refere ao chifre do cordeiro que servia como instrumento musical. Jubileu, também tem uma raiz latina, iubilum que representa um grito de alegria. Na tradição católica, o Jubileu consiste em que durante um ano se concedem indulgências aos fiéis que cumprem certas disposições estabelecidas pelo Papa. O Jubileu pode ser ordinário ou extraordinário. A celebração do Ano Santo Ordinário acontece em um intervalo a cada 25 anos, com o objetivo de que cada geração experimente pelo menos uma em sua vida. Já o Ano Santo Extraordinário se proclama como celebração de um fato destacado. O Jubileu proclamado pelo Papa Francisco é um Ano Santo Extraordinário. É um convite para que, de maneira mais intensa, fixemos o olhar na Misericórdia do Pai.


Por que abrir uma porta no Ano Santo?

A Porta Santa, na Basílica de São Pedro, em Roma, só se abre durante um Ano Santo e significa que se abre um caminho extraordinário para a salvação. Na cerimônia de abertura, o Papa toca a porta com um martelo 3 vezes enquanto diz: “Abram-me as portas da justiça; entrando por elas confessarei ao Senhor”. Depois de aberta, entoa-se um canto de Ação de Graças e o Papa atravessa esta porta com seus colaboradores.


O que fazer nesse ano?

Na Bula Misericordiae Vultus, o Papa Francisco sugere algumas iniciativas que podem ser vividas em diferentes etapas:

  • Realizar peregrinações;
  • Praticar as obras de misericórdia;
  • Intensificar a oração;
  • Passar pela Porta Santa em Roma ou na Diocese;
  • Perdoar a todos;
  • Buscar o Sacramento da Reconciliação;
  • Superar a corrupção;
  • Receber a indulgência;
  • Participar da Eucaristia;
  • Fortalecer o ecumenismo;
  • Converter-se.


O que é a indulgência?

Indulgência é a remissão diante de Deus da pena devida aos pecados, cuja culpa já foi perdoada. Cada vez que alguém se arrepende e se confessa, é perdoado a culpa dos pecados cometidos, mas não a pena. Por exemplo, se alguém mata uma pessoa e se arrepende, depois pede perdão e procura o Sacramento da Penitência, receberá o perdão. Contudo, como repassar o mal cometido que tirou a vida de alguém? Por isso permanece uma pena após o perdão. Essa situação pode ter um indulto, uma indulgência, que a Igreja oferece em certas condições especiais e quando o fiel está bem disposto a buscar a santidade de vida, aproximando-se cada vez mais de Deus. A Igreja pode oferecer a indulgência pelos méritos de Cristo, de Maria e dos santos que sempre participam da obra da salvação. Sobre isso, escreveu o Papa Francisco: “No sacramento da Reconciliação, Deus perdoa os pecados, que são verdadeiramente apagados; mas o cunho negativo que os pecados deixaram nos nossos comportamentos e pensamentos permanecem. A misericórdia de Deus, porém, é mais forte também do que isso. Ela torna-se indulgência do Pai que, através da Esposa de Cristo, alcança o pecador perdoado e liberta-o de qualquer resíduo das consequências do pecado, habilitando-o a agir com caridade, a crescer no amor em vez de recair no pecado” (Misericordiae Vultus, 22).


Como receber a indulgência?

Para receber a indulgência todos são chamados a realizar uma breve peregrinação rumo à Porta Santa, aberta em cada Catedral ou nas igrejas estabelecidas pelo Bispo diocesano, como sinal do profundo desejo de verdadeira conversão. É importante que este momento esteja unido, em primeiro lugar, ao Sacramento da Reconciliação e à Celebração da Eucaristia com uma reflexão sobre a Misericórdia. Será necessário acompanhar essas celebrações com a profissão de fé e com a oração pelo Papa, para o bem da Igreja e do mundo inteiro.


Há indulgências para os falecidos?

A indulgência pode ser obtida também para os que faleceram. A eles estamos unidos pelo testemunho de fé e caridade que nos deixaram. Assim como os recordamos na Celebração Eucarística, também podemos, no grande mistério da Comunhão dos Santos, rezar por eles, para que o rosto misericordioso do Pai os liberte de qualquer resíduo de culpa e possa abraça-los na felicidade sem fim.


E os doentes e idosos?

Para eles será de grande ajuda viver a enfermidade e o sofrimento como experiência de proximidade ao Senhor que no mistério da sua paixão, morte e ressurreição indica o caminho para dar sentido à dor e à solidão. Viver com fé e esperança este momento de provocação, recebendo a comunhão ou participando na Celebração Eucarística e na oração comunitária, inclusive através dos vários meios de comunicação, será, para eles, o modo de obter a indulgência jubilar.


As obras de misericórdia

A experiência da misericórdia torna-se visível pelo testemunho concreto. Todas as vezes que um fiel viver uma ou mais destas obras pessoalmente, obterá a indulgência jubilar.


Obras corporais

  • Dar de comer aos famintos;
  • Dar de beber aos que tem sede;
  • Vestir os nus;
  • Acolher o estrangeiro;
  • Visitar os enfermos;
  • Visitar os encarcerados;
  • Sepultar os mortos.

Obras espirituais


  • Aconselhar os duvidosos;
  • Ensinar os ignorantes;
  • Admoestar os pecadores;
  • Consolar os aflitos;
  • Perdoar as ofensas;
  • Suportar com paciência as injustiças;
  • Rezar a Deus pelos vivos e pelos mortos.

Com informações do Jubileu da Misericórdia
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9 de dez. de 2015

Solenidade da Imaculada Conceição


No dia 8 de dezembro, a Igreja celebra a solenidade da Imaculada Conceição, professando que a Mãe de Jesus foi concebida sem o pecado original, herança com que todos nascemos. A festa é celebrada no tempo litúrgico do Advento, de preparação para o Natal. Neste tempo, é importante lembrar-se também daquela que foi escolhida por Deus para ser a mãe do Verbo Encarnado; o Filho de Deus vem até nós através de uma mulher.

CHEIA DE GRAÇA - Para ser a mãe de Cristo, Deus escolheu uma mulher santa e pura, cheia de graça. Por isso, como afirma o Concílio Vaticano II, na constituição “Lumen gentium”, Maria, “desde o primeiro instante de sua existência, é enriquecida com uma santidade surpreendente, absolutamente única.” (LG 56) É esse o mistério que celebramos no dia 8 de dezembro: para ser digna Mãe do Verbo, Deus preservou Maria do pecado original e a fez cheia de graça, a fez imaculada desde sua concepção.

REMIDA POR CRISTO - A doutrina da santidade original de Nossa Senhora se firmou inicialmente no Oriente, por volta do século VI ou VII, daí passou para o Ocidente. No século XIII, Duns Scott, teólogo franciscano de inteligência brilhante, defendia que Maria havia sido concebida sem o pecado original, afirmando que ela foi remida por Cristo como todas as pessoas humanas, mas antes de contrair o pecado original, em previsão dos méritos do Redentor que lhe são aplicados também. 

DOGMA DE FÉ - Séculos mais tarde, o Papa Pio IX, com a bula “Ineffabilis Deus”, de 8 de dezembro de 1.854, proclamou o dogma da Imaculada Conceição: “Maria foi imune de toda mancha da culpa original desde o primeiro instante de sua concepção, em vista dos méritos de Cristo.” Quatro anos mais tarde, em 1.858, Nossa Senhora confirmava essa verdade. Aparecendo a Bernadete, na cidade francesa de Lurdes, apresentou-se: “Eu sou a Imaculada Conceição”. 

MODELO DE VIDA - A Mãe do Salvador se revela como exemplo de fé, de oração, de escuta da palavra divina, de amor-doação. Nossa devoção deve sempre lembrar a moça que soube dizer sim ao chamado para ser mãe, que se deslocou por caminhos difíceis para servir sua prima Isabel, que na festa de Caná estava servindo e preocupada com a felicidade dos noivos. Maria é a pessoa simples, pobre, que pertencia aos excluídos de sua época. É a mulher firme na condução dos passos de seu Menino, forte ao pé da cruz, exultante na ressurreição de seu Filho.

MÃE DOS CRISTÃOS - Sua existência é uma plena comunhão com o Filho, uma entrega total a Deus. Ela é a mãe imaculada dos cristãos. Como afirma o Papa João Paulo II, Maria é “a primeira e a mais completa realização das promessas divinas. Sua espiritual beleza nos convida à confiança e à esperança. A Virgem toda pura e toda santa nos anima a preparar os caminhos do Senhor e a endireitar seus caminhos.”

CAMINHO PARA BELÉM - A celebração da Imaculada dentro do Advento – tempo de preparação para o Natal de Jesus Cristo – deve nos levar até o presépio de Belém, descobrindo a humildade e a pobreza de nosso Deus e de sua mãe, comprometendo-nos com os pobres e excluídos, os que tiveram o privilégio de receber primeiro o convite para irem adorar o Menino que nasceu.
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5 de dez. de 2015

COM BOM PÚBLICO, FEIRA DA AMIZADE ABRE COM ORAÇÃO E MÚSICA.



Aberta com a benção do Pe. Josemar Mota, a 14ª Feira da Amizade atraiu centenas de pessoas à Orla Nova de Juazeiro na noite dessa sexta, 04. O paróco da catedral dirigiu prece de agradecimento a Deus pelos coordenadores e voluntários que trabalharão no evento até o próximo domingo, 06. Após a oração, veio a música do Ministério Anjos de Maria, formado por jovens da Paróquia Santo Afonso.

Muitos visitantes se divertiram e dançaram com o sanfoneiro Sérgio do Forró. Enquanto outros passeavam pela Feira e consumiam cardápio variado de alimentos e bebidas nas barraquinhas ou levavam as crianças para o parque infantil montado na Orla. Outras duas atrações musicais ainda passaram pelo palco principal: a banda de forró Tô de Boa e o grupo Mirage, que priorizou o romantismo.


2º DIA DA FEIRA DA AMIZADE

Neste sábado, o evento se iniciou mais cedo, por volta de meio-dia. À noite tem vários shows e sorteio de brindes. Nesta edição, o público vai concorrer a books fotográficos, descontos em hidroginástica e musculação, e a uma estudo de estudo integral num dos colégios mais tradicionais de Juazeiro. Para participar dos sorteios basta adquirir o ingresso de acesso à Feira da Amizade, que custa R$ 5 por noite.

#FeiradaAmizade #ParoquiaNSradaasGrotas






























Texto: Claus Oliveira 
Fotos: Lucas Duarte


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4 de dez. de 2015

Feira da Amizade movimenta Juazeiro neste final de semana


Muita alegria, diversão,  companheirismo e solidariedade. É neste clima envolvente que será realizado a 14ª edição da Feira da amizade, que movimentará a Orla Nova de Juazeiro, durante os dias 04 a 06 de dezembro.

Voltado para os fiéis da Paróquia Nossa Senhora das Grotas, diversos membros da Pastoral Familiar, da diocese e toda a comunidade local, o evento objetiva arrecadar fundos para as obras sociais da Catedral da cidade.

A Feira contará com apresentações musicais, barracas típicas (portuguesa, italiana, regional), barracas de doces e salgados, sorteio de brindes, lazer infantil e muito mais.

Para facilitar o acesso das pessoas ao evento, este ano, serão disponibilizadas duas entradas. O ingresso custa apenas cinco reais.

O lançamento da Feira aconteceu nesta última sexta-feira (20) na Casa Paroquial da Catedral – Santuário, sede da Paróquia Nossa Senhora das Grotas e da Diocese, em Juazeiro Bahia.

Confira a Programação:
Sexta
19h – Ministério Anjos de Maria
20h 30min – Sergio do Forró
22h – Banda Mirage

Sábado
15h – Manassés
16h 30min – Sibelle e Paulo Cesar*
18h – Flávio Baião
19h 30min – Samba de Mezza
21h – Danielzinho
22h 30min – Marly e Banda

Domingo
12h – Gabriela
13h 30min – Orlandinho
15h – Rogerio Leal
16h 30min – Netto e Mundinho
18h – Wellington Miranda
19h 30min – Vanderlei do Nordeste
21h – Forro Parente*
22h 30min – Allan Cléber
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