7 de set. de 2015

“Que País é este que mata a gente que a mídia mente e nós consome?”



A manhã do 7 de setembro foi para alguns católicos da Diocese de Juazeiro um momento de manifestações.  A 21ª edição do Grito dos excluídos, levou fiéis as ruas pedindo mais justiça e igualdade para todos, tendo como tema: “A vida em primeiro lugar” refletindo o lema “Que país é esse, que mata gente, que a mídia mente e nos consome.

Segundo o Pe. José Carlos, Vigário da Paróquia Nossa Senhora Aparecida - João Paulo II, o grito dos excluídos é uma iniciativa da CNBB (Conferência Nacional de Bispos no Brasil) que a cada procura trabalhar os problemas mais evidentes na sociedade. E os grandes índices nacionais de violência foi o que levou ao tema deste ano. Em Juazeiro não é diferente, “só este ano, nos primeiros nove meses já foram assassinada uma média de 80 pessoas, o que é inadmissível para uma cidade com pouco mais de 200 mil pessoas” afirma o Padre.  Para ele é preciso que se grite em favor da justiça, da paz e da misericórdia, para alcançar uma sociedade mais pacifica e a igreja tem o papel de unir as pessoas nesta luta tendo como base a palavra de Deus.

A concentração aconteceu na Orla Dois da cidade onde os participantes fizeram orações pedindo paz para sociedades e fizeram a apresentação das faixas a serem carregadas. Dentre os participantes representantes do clero, Pastoral da Terra, Movimento sem Terra, Pastoral da Juventude no Meio Popular e Pastoral Universitária.

Para Tácio Nunes, coordenador da Pastoral universitária o grito dos excluídos é uma oportunidade de ter voz tratar temáticas importantes como a abordada nesta edição. “E enquanto Pastoral Universitária, que trabalha em um meio difícil de vivenciar a fé em Deus, a gente percebe a importância de ter voz para tratar esse tema, conscientizar e principalmente testemunhar para outros jovens, que nos assiste passar, a importância de valorizar a vida” diz Tácio.

O jovem conta que durante os encontros do grupo foi trabalhada a luta contra o extermínio de jovens que é crescente no país e na região, e enfatiza a importância de tratar esse tema:  “nós precisamos participar e mostrar que nos jovens estamos incomodados com essa realidade, que as autoridades, e a sociedade precisa se mobilizar contra essas problemáticas que a gente trabalha. E aproveitando esse momento que tem uma mobilização geral da sociedade, das autoridades que estão aqui, a gente precisa mostrar  que como cristãos, mais que evangelizar, precisamos transformar a realidade em estamos inseridos ”.

A manifestação acabou em frente à Praça Dedé Caxias, e de mãos dadas formando uma grande corrente, mais uma vez os participantes se uniram em oração clamando por paz. E em entrevista o Padre José Carlos deu a receita para alcança-la: “No antigo testamento se fala que a paz é fruto da justiça, sem justiça social para o nosso povo todas as mazelas tendem a aumentar”. 

Taiza Felisberto
Pastoral da Comunicação 
Diocese de Juazeiro Bahia.


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