22 de nov. de 2015

Papa Francisco no Angelus: o amor é a força do reino de Cristo

Milhares de fiéis rezaram com o Papa Francisco o Angelus este domingo de sol e frio na capital italiana.



Na Praça S. Pedro, antes da oração mariana, o Papa recordou a solenidade de Cristo Rei do Universo. O Evangelho, disse Francisco, nos faz contemplar Jesus enquanto se apresenta a Pilatos como rei de um reino que “não é deste mundo”.

“Isto não significa que Cristo seja rei de outro mundo, mas que é rei de outro modo, mas é rei neste mundo”, explicou, acrescentando que se trata de uma contraposição entre duas lógicas. A lógica mundana se fundamenta na ambição e na competição, combate com as armas do medo, da chantagem e da manipulação das consciências. A  lógica evangélica, ao invés, se expressa na humildade e na gratuidade, se afirma silenciosa, mas eficazmente com a força da verdade.


Na falência, o amor

Mas é na Cruz que Jesus se revela rei: “Mas alguém pode dizer: ‘Padre, isto foi uma falência'. Mas é justamente na falência do pecado, das ambições humanas, que está o triunfo da Cruz, da gratuidade do amor. Na falência da Cruz se vê o amor.”

Falar de potência e de força para o cristão, disse o Papa, significa fazer referência à potência da Cruz e à força do amor de Jesus. Se Ele tivesse descido da Cruz, teria cedido à tentação do príncipe deste mundo; ao invés, Ele não salva a si mesmo para poder salvar os outros.

"Dizer que Jesus deu a vida pelo mundo é verdadeiro, mas é mais bonito dizer que Jesus deu a sua vida por mim”, afirmou Francisco, que pediu a todos na Praça que repetissem essas palavras em seus corações.


Bom ladrão

No Calvário, quem entende a atitude de Cristo é o bom ladrão, um dos malfeitores crucificados com Ele, que suplica: “Jesus, lembra-te de mim quando vieres com teu reino”.

“A força do reino de Cristo é o amor: por isto a realeza de Jesus não nos oprime, mas nos liberta das nossas fraquezas e misérias, encorajando-nos a percorrer os caminhos do bem, da reconciliação e do perdão.” E mais uma vez o Papa pediu a participação dos peregrinos, convidando-os a repetirem as palavras do bom ladrão quando nos sentirmos fracos, pecadores e derrotados.

E concluiu: “Diante de tantas dilacerações no mundo e das demasiadas feridas na carne dos homens, peçamos a Nossa Senhora que nos ampare no nosso esforço para imitar Jesus, nosso rei, tornando presente o seu reino com gestos de ternura, de compreensão e de misericórdia.”


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18 de nov. de 2015

Papa Francisco aceita renúncia de Dom Itamar Vian



O Papa Francisco acolheu, nesta quarta-feira (18/11), o pedido de renúncia apresentado pelo Arcebispo da Arquidiocese de Feira de Santana (BA), Dom Itamar Vian, que completou 75 anos no último dia 27 de agosto. A decisão do Pontífice se deu de acordo com o cânon 401, parágrafo 1, do Código de Direito Canônico, que estabelece a renúncia por idade dos prelados. Dom Itamar continuará em Feira de Santana auxiliando Dom Zanoni Demettino Castro que assume automaticamente o governo da Arquidiocese. Uma celebração no dia 02 de dezembro às 19h 30min na Catedral Metropolitana de Feira de Santana, marcará essa transição. Na imagem acima, Frei Mário Sérgio Souza, Assessor de Comunicação da Arquidiocese de Feira de Santana, na residência de Dom Itamar, fazendo a leitura do documento recebido.




















Dom Itamar Vian é natural de Roca Sales (RS). Nasceu em 27 de agosto de 1940. Cursou Filosofia em Ijuí (RS) e Teologia no Instituto Superior São Lourenço de Brindisi, na cidade de Porto Alegre. Possui aperfeiçoamento em Planejamento Educacional, Filosofia da Educação e Comunicação Social. 

Foi ordenado bispo em 8 de abril de 1984. Escolheu como lema “Somos todos irmãos”.  Na trajetória episcopal, dom Itamar foi bispo de Barra (1984 a 1995) e Feira de Santana (1995 a 2001), vice-presidente do regional Nordeste 3 e arcebispo de Feira de Santana (2002 a 2015). É autor de diversos livros, entre eles, “Personalidade e Ciência Social”, “Cinema e TV no Ensino”, “Luzes no Caminho”, “História de Vida” e a “Arte de Escolher”. 


Novo arcebispo - Dom Zanoni Demettino Castro 

Nasceu em 23 de janeiro de 1962. É natural de Vitória da Conquista (BA). Foi ordenado presbítero em 28 de dezembro de 1986. A nomeação ao episcopado ocorreu em 3 de outubro de 2007 e a ordenação, em 24 de novembro do mesmo ano. Cursou Filosofia no Seminário Maior da Arquidiocese de Brasília (DF) e Teologia no Instituto de Ilhéus (BA). Possui mestrado em Teologia Sistemática pelo Pontifícia Universidade Católica (PUC/Rio). De 2007 a 2014, foi bispo da diocese de São Mateus (ES). No dia 03 de dezembro do ano passado, dom Zanoni Demettino Castro foi nomeado arcebispo coadjutor da arquidiocese de Feira de Santana. Tem como lema “Ecce mitte me”. 

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16 de nov. de 2015

9ª Caminhada pela Paz lançará projeto que visa plantar 10 mil mudas de árvores em Juazeiro



Neste sábado (21) será realizada em Juazeiro a 9ª Caminhada pela Paz. E a preparação já está a todo o vapor com a realização da Novena pela Paz que começou na semana passada e segue até a próxima sexta-feira (20). As celebrações da Novena acontecem em várias paróquias da cidade, mobilizando moradores de vários bairros. Neste ano o tema é “Família: berço da Paz”.

A Novena pela Paz além de ser uma preparação para a caminhada é um convite para que as pessoas rezem e reflitam sobre o tema. “A paz é uma missão de todos nós. Cada um deve dar a sua contribuição. Viver a paz na família é uma forma de ajudar a sociedade a ser menos violenta”, explica Pe. José Filipe Pulpayil, coordenador do evento.


Ação concreta

Neste ano alguns gestos concretos estão sendo preparados para a fase posterior à Caminhada. Seguindo os apelos do Papa Francisco pelo cuidado com o meio ambiente, dois projetos serão realizados. O primeiro visa plantar 10 mil mudas de árvores em Juazeiro, a fim de arborizar melhor a cidade. Ao mesmo tempo será feita uma campanha para recolher 10 mil litros de óleo usado para a fabricação de sabão ecológico. Os projetos serão lançados neste sábado (21) e terão a duração de um ano. O encerramento será em novembro de 2016 na 10ª Caminhada pela Paz.


Caminhada

A 9ª Caminhada pela Paz, neste sábado, terá início às 17h nas proximidades do Parque Lagoa do Calú e encerrará na Catedral de Juazeiro. A passeata terá a presença da imagem peregrina de N. Sra. Aparecida, padroeira do Brasil, vinda diretamente do Santuário Nacional de Aparecida/SP. No final do evento haverá a benção do Santíssimo Sacramento. 


Ricardo Souza
Pastoral da Comunicação
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13 de nov. de 2015

A perenidade do rio São Francisco cada vez mais ameaçada, entrevista com Gogó



Gogó: "Puxam muita água do rio, mas ao mesmo tempo, não cuidam de seus mananciais, aquíferos, matas ciliares, afluentes..." | 

A cada dia aumentam as evidencias de que a sangria do rio São Francisco progride a passos largos. As estatísticas oficiais divulgadas pela Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) apontam que Sobradinho acumula apenas 3% de sua capacidade, o menor volume da sua tória. O que se fala é que para tirar o rio deste estado agonizante, é preciso chover. A dependência das chuvas por si só já indica que o rio mais importante do Semiárido está perdendo sua característica perene

E se igualando aos demais rios da região, que secam durante o verão. “O rio São Francisco era um rio perene e de alguma forma ainda é um rio perene, mas cada vez mais fragilizado”, comenta Roberto Malvezzi, Gogó, colaborador da ASA e da Articulação Popular Semiárido Vivo e uma das referências para falar sobre o rio no Brasil. Na entrevista concedida à Asacom essa semana, com sua voz calma e segura, Gogó criticou severamente o modelo de desenvolvimento adotado pelo governo brasileiro, cuja “concepção não olha a realidade, não faz a equação da sustentabilidade e está realmente levando o São Francisco a um processo de destruição”. Confira! 

Que leitura você faz da atual situação do rio São Francisco?
Gogó - A leitura que a gente tem da realidade atual do São Francisco, na verdade, é uma leitura histórica, de um processo de degradação do São Francisco, que começa com os vapores ainda no século 19, com o desmatamento das matas ciliares para abastecer os vapores com lenha, depois toda entrada do capital no São Francisco que começa em 1945 com a criação da Chesf, depois com a barragem de Paulo Afonso, depois com as Três Marias e a decisiva pra marcar a situação atual é, sobretudo, a construção da barragem de Sobradinho de 1975 a 1979. Aí o rio foi dividido no meio e junto com a barragem de Sobradinho veio todo o processo de irrigação no Vale do São Francisco.

Então, de uns 30 anos pra cá, a decadência do São Francisco [se dá] por conta deste modelo de desenvolvimento que puxa muita água do rio, mas ao mesmo tempo, não cuida de seus mananciais, não cuida dos seus aquíferos, não cuida das suas matas ciliares, não cuida de seus afluentes, e sobretudo, a depredação do Cerrado brasileiro, que é a grande caixa d´água do Brasil que abastece o São Francisco. O rio tem perdido força com muita velocidade, muita rapidez, chegando a essa situação que estamos vendo hoje com o lago de Sobradinho com 3% de sua capacidade, o menor nível da sua história.

É um drama real. Os projetos de irrigação de Petrolina e Juazeiro estão ameaçados e muitas comunidades e cidades ao longo do São Francisco estão com o abastecimento humano comprometidos e não temos nenhuma perspectiva de que isso vai se resolver, a não ser a expectativa de que chova, o que não é certo, não é garantido.

E se chover, não resolve a situação, só faz amenizar...
Gogó - Ultimamente estamos vivendo uma situação no rio São Francisco praticamente igual aos demais rios do Semiárido brasileiro, que são rios intermitentes. Os nossos rios do Semiárido não são perenes. Eles só correm nos tempos de chuvas com a água da enxurrada. Já que aqui no Semiárido, nós que somos da ASA temos ciência do com o subsolo cristalino, a água não penetra, ela escorre rapidamente ou para em algum reservatório de superfície ou vai embora por evaporação ou por escoamento.

O rio São Francisco era um rio perene e de alguma forma ainda é um rio perene, mas cada vez mais fragilizado. Quando a gente entra nesta situação recessiva das chuvas permanentemente, é sinal que aqueles mecanismos naturais dos aquíferos e dos afluentes que alimentavam o São Francisco, mesmo em tempo de seca, já estão comprometidos.

Além do mais, aumentou o uso do rio São Francisco intensamente, sobretudo para a irrigação. Realmente, a chuva agora passa a ser um fator de amenização, mas ela não resolve evidentemente um problema fundamental que é degradação da bacia e de alimentação da calha central pelos afluentes e pelos aquíferos  que abasteciam o São Francisco.

E mesmo numa situação como essa, os projetos de irrigação continuam avançando?
Gogó - Como o modelo tem uma vitrine a ser mostrada, quem vem aqui em Juazeiro-Petrolina é levado para as áreas de irrigação, pro cultivo da manga, da uva, o vinho, como tem uma beleza nisso, de abundância e de riqueza, inclusive, foram cidades do Brasil que mais geraram empregos no passado. Só que o modelo não é universalizável porque já num estudo no governo de Fernando Henrique, se dizia que o Sertão tem apenas 5% de solos aptos para a irrigação e nós temos apenas água para 2%.

Então a ideia de expandir esse modelo como está proposto em vários projetos, como tem o projeto do Canal do Sertão, aqui pro lado de Petrolina - Pernambuco, indo pra Ouricuri, como tem a expansão no baixio de Irecê, como tem as proposta para a Bahia, nos cerrados chamado Matopiba, que pega Mato Grasso, Piauí e Bahia... se avançar essa expansão do modelo de irrigação, nós acabamos com São Francisco em muito menos tempo do que se imaginava porque o rio tem limite, as águas têm limites e o modelo não é universalizável. 

Mesmo nessa situação crítica tem gente que só pensa em expandir o modelo. Inclusive o governo. O governo alimenta essa imagem, alimenta essa política e não mede as consequências do que está acontecendo. Sempre digo que o governo está de costas para o São Francisco. Ele pensa da tomada de água do rio para frente, mas não enxerga o que está acontecendo dentro do São Francisco.

Nos debates sobre a transposição, tinha-se uma previsão de que o rio entraria em colapso lá para 2050. Mas as obras nem terminaram e vemos isso acontecendo agora... 
Gogó - Então, quando a gente debatia com o governo sobre a transposição, inclusive debatendo com Ciro Gomes, eles tinham essa afirmação categórica: ‘O que vamos tomar do São Francisco – 26m³, no mínimo, 60m³, em média, e nos picos de cheia, 126m³ para os quais os canais estão preparados’. Eles diziam que isso não vai afetar em nada o São Francisco porque a partir de Sobradinho, nós temos uma vazão segura, firme – uma palavra técnica essa – de 1800m³. Na verdade, hoje estamos em Sobradinho com apenas 900m³por segundo, 50% do que eles garantiram que era a vazão segura.

Aquele mito de que o São Francisco tinha uma vazão segura de 1800m³/s, comprovadamente, há meses, que ele está muito abaixo sem que a gente saiba o que vai acontecer agora. 
A transposição, efetivamente, ainda é uma promessa. Ela tem obras em construção, mas ela não retirou água do São Francisco. Então, a gente não sabe o que acontecer, qual vai ser o impacto real, na hora que começar a tirar água, sobretudo quando se está numa situação como essa.

Como aqui em Juazeiro e Petrolina, os próprios projetos de irrigação estão ameaçados de não ter acesso à água e de verem seu acesso cortado exatamente por falta de água, é claro, começa entrar nessa discussão – se você não consegue alimentar nem os projetos da borda do lago [Sobradinho], como você vai alimentar projetos para fora dessa região? 

Tem toda uma campanha na mídia local pra transposição do Tocantins para o São Francisco. Enquanto o Ceará e os outros estados querem a transposição do São Francisco, agora o pessoal do São Francisco quer a transposição do Tocantins pra cá, que é uma loucura. Um rio que tinha quase 3 mil m³ de água por segundo, agora tem 900m³, você vai buscar o que no Tocantins? 100m³, 200m³? O que é isso diante da perda do volume de água que o São Francisco está tendo?
Esse modelo, essa concepção que não olha a realidade, não faz a equação da sustentabilidade, ele é mortal. E ele está realmente levando o São Francisco a uma processo de destruição.

De acordo com a Constituição Federal, diante de uma situação de colapso como essa que estamos vivendo, existem as prioridades para o uso da água que são para o consumo humano e dos animais... 
Gogó - Isso é um consenso mundial. Vem de outras reflexões na lógica dos direitos humanos, na lógica da sustentabilidade ambiental, os chamados dos Princípios Dublin [da Conferência Internacional de Água e Meio Ambiente (ICWE) em Dublin, Irlanda, em janeiro de 1992] (http://www.meioambiente.uerj.br/emrevista/documentos/dublin.htm), em caso de escassez de água a prioridade é o abastecimento humano que é uma coisa lógica pra você ter água pra beber, pra cozinhar e também a dessedentação dos animais, que é pra matar a sede dos animais. Todos os outros usos, irrigação, geração de energia elétrica, mineração, todos os usos econômicos, eles estão subordinados a esses princípios fundamentais do uso da água.

Isso está na lei brasileira de recursos hídricos, que é a 9433/1997, que estabelece que a prioridade, em caso de escassez, é a pessoa humana e a dessedentação dos animais. Mas, na prática, nós sabemos que os outros usos competem com a necessidade humana e dos animais e, muitas vezes, têm a prioridade real. Sobretudo, no Brasil, a água para geração de energia elétrica acaba sendo prioridade e também, em vários lugares, a questão da irrigação. Temos isso aqui no Vale do São Francisco. Tem muitas casas em Casa Nova, que é uma cidade na porta do lago [de Sobradinho], que ficaram sem água esses dias, mas o braço do lago de Sobradinho que abastecia Casa Nova secou não por conta do abastecimento humano. Ele secou por conta do abastecimento dos projetos de irrigação. Ali a prioridade foi invertida.

De vez em quando, aqui no Brasil, se quer criar um mercado de águas, de outorgas, se quer privatizar a água, como se isso fosse a melhor forma de gerenciar mas, na verdade, é uma forma de retirar a prioridade do uso humano e de animais para outros interesses que na lei são secundários. Mas, na prática, são economicamente poderosos e querem fazer prevalecer o seu uso em detrimento das prioridades humanas estabelecidas em lei.

Como está a situação das comunidades ribeirinhas?
Gogó - De Sobradinho pra cima [alto, médio e parte do submédio do São Francisco, acima do lago do Sobradinho] e está muito grave porque o lago é muito raso. Tem comunidade que estava na borda do lago e hoje está a 20, 30 quilômetros de distância da água. Então, a dificuldade é imensa de você ter água mínima no dia a dia. Pro lado de Minas, várias cidades estavam com dificuldade de captarem água no leito do rio pra abastecer as suas populações. E essa situação tende a se agravar daqui pro final do ano.

Tem também toda a situação do Baixo São Francisco que é onde se concentram todos os problemas da bacia. Ali fica o lixo, ficam os dejetos, a vazão é mínima, o mar está entrando no rio São Francisco tem salinizado a água de alcance de vários municípios. Você tem uma série de problemas que essa baixa do rio causa ao longo do vale todo, sobretudo para os ribeirinhos.

Quais são os riscos que a gente tem com a Agência Nacional de Água (ANA) colocando em votação um projeto de outorgas de água?
Gogó - Essa é uma ideia que existe há tempos. Isso é uma coisa do Banco Mundial (clique aqui para ler um artigo de Gogó sobre o assunto). Inclusive, na transposição do rio São Francisco a ideia é criar um mercado de águas. A Chesf vende, o pessoal do lago da Paraíba, as empresas compram essa água, depois elas vão revender para as empresas usuárias como irrigantes, abastecimento e depois é que chega no consumidor final. Vai ter todo um mercado de água que vai ser criado aí.

Só que no Brasil, até agora, você não tem como fazer isso porque é proibido. A água é um bem público, um bem da União e ela não pode ser privatizada, não pode ser mercantilizada no sentido de vender m³ de água. Você pode cobrar por serviços, não por m³ de água.

Agora, com o valor da água e como a outorga é uma licença, uma espécie de contrato entre o Estado e o usuário, o Estado tem em mente que uma determinada empresa tenha um volume de água para utilizar, por exemplo, uma empresa de irrigação vai pode captar 5m³/s e vai poder fazer esse uso e vai pagar por isso. Em todo caso, se ela não usar essa água, ela devolve pro Estado. E o Estado é que pode destinar para outro empreendimento que ele achar conveniente ou necessário.

O que eles estão querendo? Que em vez de você, que tem uma outorga, devolver para o Estado, que você possa vender a tua reserva de volume de água para outra empresa que esteja interessada nisso. O Estado perde a autonomia para gerenciar a água e as empresas podem vender entre si volumes de água conforme o preço. Numa situação como essa a água está valendo um horror, se você permite que um bem público como esse possa ser vendido sem que você tenha pago nada por ele, você cria um mercado de água. É isso que a Agência Nacional de Água está querendo criar.

Agora isso complica tudo porque se a prioridade é a pessoa humana e os animais, quem garante que no mercado de água isso estará garantido? E depois disso, se é um bem público não pode ter mercado de água, não pode ser privatizado, não pode ser vendido. Como defensor dos direitos humanos, como defensor da água como bem público, como bem da União, a gente é contra o mercado de água. Mas, de vez em quando, se volta nesta tentativa porque tem gente que está a serviço destas ideias no Brasil e o pessoal sempre rondou a Agência Nacional de Águas que é quem acaba estabelecendo as políticas de água no Brasil.

Como podemos fazer para resistir?
Gogó - A primeira questão é a denúncia, temos a possibilidade de acionar o Ministério Público. Na minha visão, isso é inconstitucional, ilegal.


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4 de nov. de 2015

Papa Francisco: Somos chamados a servir na Igreja



O Papa Francisco celebrou a missa, nesta terça-feira (03/11), na Basílica de São Pedro, em sufrágio dos cardeais e bispos que faleceram durante este ano.




“Nesta terra eles amaram a Igreja, sua esposa. Rezemos para que em Deus possam ter alegria plena, na comunhão dos santos”, disse o Pontífice em sua homilia.

O Papa frisou que a vocação desses ministros sagrados foi a de ministrar, ou seja, servir. “Somos chamados a renovar a escolha de servir na Igreja. É o que o Senhor nos pede. Como um servo Ele lavou os pés de seus discípulos para que façamos o mesmo”, disse Francisco.


Contracorrente

“Quem serve e doa parece um perdedor aos olhos do mundo. Na realidade, perdendo a vida, a reencontra. Uma vida que se despoja de si, perdendo-se no amor, imita Cristo: vence a morte e dá vida ao mundo. Quem serve, salva. Quem não vive para servir, não serve para viver”, sublinhou o Papa.

O Evangelho nos recorda que Deus amou tanto o mundo. “Trata-se de um amor concreto, tão concreto que tomou sobre si a nossa morte. Para nos salvar Ele veio até nós. Este é o abaixamento que o Filho de Deus fez, inclinando-se como um servo, para nos escancarar a porta da vida”.


Amor

“Este estilo de Deus, que nos salva servindo-nos e aniquilando-se tem muito a nos ensinar. Nós esperamos uma vitória divina triunfante, mas Jesus nos mostra uma vitória humilde. Levantado na cruz deixa que o mal e a morte se voltem contra Ele enquanto continua a amar”. 

“Para nós é difícil aceitar esta realidade. É um mistério. O sinal deste mistério, desta humildade extraordinária está na força do amor”, frisou o Santo Padre. 


Esperança

Na Páscoa de Jesus vemos a morte e o remédio para a morte. “Isto é possível por causa do grande amor com o qual Deus nos amou, do amor humilde que se abaixa, do serviço que sabe assumir a condição de servo. Jesus não somente tirou o mal, mas o transformou em bem. Ele fez da cruz uma ponte para a vida”, sublinhou Francisco.

“Que seja suficiente para a nossa vida a Páscoa do Senhor. Assim, seremos servos segundo o seu coração e não funcionários que prestam serviço, mas filhos amados que doam a vida para o mundo”, concluiu o Papa. 


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27 de out. de 2015

Festa Nossa Senhora do Rosário


Conforme a tradição da Paróquia N. Sra. das Grotas, o ultimo domingo do mês de outubro é dedicado a Nossa Senhora do Rosário. O pároco, Pe. Josemar Mota presidiu na Catedral - Santuário N. Sra. das Grotas a solene celebração desta festa.

HISTÓRICO

A festa a Nossa Senhora do Rosário foi instituída em 1572, pelo Papa Pio V, sob o nome de Nossa Senhora da Vitória, para comemorar a vitória da Liga Santa contra o Império Otomano, na batalha de Lepanto. Em 1573, o Papa Gregório XIII mudou o título da comemoração para “Festa do Santo Rosário”. Após as reformas do Concílio Vaticano II, a festa passou a se chamar Nossa Senhora do Rosário.

A devoção ao rosário é muito antiga e simboliza uma coroa de rosas que teria sido oferecida à Virgem Maria como expressão do amor e piedade dos fiéis cristãos. Oração típica da devoção mariana, a recitação do Rosário remete à meditação dos mistérios da vida de Jesus de Nazaré e da tradição da Igreja, e permite a compreensão da rotina cotidiana iluminada pela vida do próprio Cristo.

Os dominicanos foram os grandes difusores da devoção ao Rosário. A tradição conta que Nossa Senhora teria aparecido a São Domingos - fundador da Ordem dos Dominicanos - e, na ocasião, teria mencionado que a recitação do Rosário seria uma poderosa arma de conversão. Foi o Papa Pio V, de origem dominicana, que incentivou oficialmente a oração do Rosário, indicando, sobretudo, que deveria ser feita em família.

A festa de Nossa Senhora do Rosário, no Brasil está ligada a grupos negros que realizam os autos populares conhecidos pelos nomes de Congada, Congado ou Congos. Além de confraria (Irmandade) que é formado por um grupo de pessoas com devoção a Virgem Maria, sob o titulo de Nossa Senhora do Rosário.








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15 de out. de 2015

15 de outubro. Dia do Professor!

15 de outubro. Dia do Professor! Parabéns por serem pessoas em quem todos se espelham. 
Aos queridos professores, nossos sinceros agradecimentos!

PASCOM - Catedral Santuário
Paróquia N. Sra. das Grotas
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14 de out. de 2015

Solenidade de Nossa Senhora da Conceição Aparecida

Nesta segunda (12), celebrou-se, no Brasil, a Solenidade de Nossa Senhora da Conceição Aparecida. Todas as leituras apresentaram o mistério da intercessão de Maria Santíssima, culminando com o Evangelho, que narra o milagre das bodas de Caná. Na Catedral Santuário Nossa Senhora das Grotas, em Juazeiro Bahia. Dom José Geraldo da Cruz, a. a. presidiu a celebração. Acompanhe algumas fotos.






























Catedral Santuário Nossa Senhora das Grotas
Paróquia Nossa Senhora das Grotas
Fotos: Lucas Duarte e Iago Motta
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7 de out. de 2015

Imagem de Nossa Senhora Aparecida é enviada à Diocese de Juazeiro (BA)


O bispo da Diocese de Juazeiro (BA), Dom José Geraldo Cruz, presidiu no ultimo dia (02), a missa das 09h no Santuário Nacional de Aparecida e recebeu a imagem de Nossa Senhora que irá peregrinar pela diocese baiana até março de 2016.

Na celebração do Dia dos Santos Anjos, o bispo falou das manifestações de Deus através dos anjos que o próprio Cristo anuncia em seu Evangelho.

“Nós todos temos uma devoção aos anjos, uma devoção que muitas vezes é um pouco misturada com um certo protecionismo, com ideia mística que cada um tem o seu anjo, o que significa, as funções na nossa vida e tem muitos que também não acreditam. Mas o próprio Cristo diz no Evangelho, que os anjos são uma certa manifestação de Deus.”, colocou.

Dom Geraldo disse ainda que a exemplo de São José devemos perceber a presença de Deus através de seus mensageiros.

“ O anjo passa na historia da nossa salvação como uma grande manifestação de Deus. Ele que se manifesta por exemplo nos sonhos de José dizendo que aceite o mistério, o filho de Deus no seio de Maria, essa mensagem também é dirigida a nós, para que acolhamos o projeto de Deus que as vezes está escondido na realidade de todos os dias e que não temos capacidade de perceber que é uma manifestação de Deus, Ele nos ilumina através de mensageiros que nos faz descobrir o que Deus quer de nós”, atentou.







Durante a celebração desta manhã no Santuário Nacional dom Geraldo recebeu a imagem de Nossa Senhora Aparecida das mãos do reitor padre João Batista de Almeida, a imagem da Mãe Aparecida chegou a Juazeiro no sábado (03) e foi acolhida às 17h na Capela de Santa Maria Gorete, da paróquia do Cosminho. Em seguida, seguiu em procissão para a Catedral Santuário onde foi celebrada a Santa Missa.

Após a celebração, aconteceu uma carreata para a Igreja Matriz de Nossa Senhora Aparecida, no Bairro João Paulo II, onde será feita a abertura do Novenário e festa da Padroeira da Paróquia.

A imagem permanecerá na Paróquia de Aparecida durante todo o Novenário.

Ao encerrar a Novena, a imagem visitará as demais Paróquias da Diocese de Juazeiro até março de 2016.

































Texto e fotos: Portal A12.com

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2 de out. de 2015

Diocese de Juazeiro receberá imagem de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil

A Igreja do Brasil irá celebrar em 2017 os 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida.  A imagem está peregrinando por várias cidades do país. A Diocese de Juazeiro se prepara para recebê-la com uma grande festa no neste sábado, (03) às 17h, na Igreja de Santa Maria Gorete, localizada no próprio bairro.

Logo após a recepção, uma procissão será realizada pela Avenida Adolfo Viana em direção a Catedral Santuário Nossa Senhora das Grotas, onde o Bispo Diocesano - Dom José Geraldo da Cruz celebrará uma missa. Em seguida uma carreata irá conduzir a imagem peregrina até a Paróquia Nossa Senhora Aparecida, bairro João Paulo II, onde deverá permanecer até o fim do novenário da santa, no dia 12 de Outubro.

O Reitor da Catedral Santuário Nossa Senhora das Grotas, Pe. Josemar Mota, revela que o momento é de alegria e devoção, sendo uma honra receber a padroeira do Brasil na Diocese de Juazeiro.

"Este momento será de gratidão a Deus pelos inúmeros benefícios recebidos pela intercessão de Nossa Senhora Aparecida. Ao contemplamos a imagem, lembramos do que ela diz nas bodas de Caná quando faltou o vinho: "Fazei tudo o que ele vos dizer". Queremos renovar nossa fé em Jesus: Caminho, verdade e vida, cumprindo a sua palavra", frisou.

A imagem peregrina ficará em Juazeiro até março de 2016 e ao longo da permanência da santa na cidade, várias famílias, em sorteio a ser realizado pela Diocese, receberão a programação em suas residências.


Ricardo Souza
Pastoral da Comunicação
Catedral - Santuário Nossa Senhora das Grotas
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