6 de jul. de 2016

21 anos do Descanso Eterno de Dom Tomás Guilherme Murphy, CSsR.

Dom Tomás Guilherme Murphy nasceu em 10 de dezembro de 1917, em Omaha, nos Estados Unidos da América (EUA). De família muito católica, abraçou a vida religiosa e fez sua profissão solene como membro da Congregação Redentorista em 1938. Foi ordenado padre no dia 29 de junho de 1943. Ofereceu-se para servir como missionário no Amazonas, onde durante 13 anos desenvolveu uma fecunda obra de evangelização como pároco, pregador de Missões Populares e vice-provincial de sua congregação. Após voltar a sua terra natal, em 1958, foi escolhido para ser um Sucessor dos Apóstolos, recebendo a Ordem Episcopal a 02 de janeiro de 1963, tornando-se o 1º Bispo da Diocese de Juazeiro Bahia. Em 12 anos de pastoreio nesta Igreja local a sua memória permanece viva entre o povo, não só pelos trabalhos feitos, mas igualmente por sua gentileza, humanidade e profunda espiritualidade. Seu trabalho em Juazeiro foi baseado em um tripé de prioridades: evangelização e catequese (anúncio da Palavra), liturgia (relacionamento com Deus) e ação social (dimensão da Caridade e da Promoção humana). Por muitos é considerado santo. Após sua morte, em 1995, foi iniciada sua causa de beatificação, em andamento no Vaticano.

Principais Trabalhos:

- Estimulou a Evangelização e a Liturgia
- Incentivou a Catequese escolar, catequese de bairro, catequese de adultos, primeira Eucaristia.
- Deu força a movimentos existentes: Legião de Maria, Vicentinos, Círculos Bíblicos, Movimento Familiar Cristão.
- Iniciou o Cursilho da Cristandade e TLC (Treinamento de Líderes Cristãos – para jovens).
- Apoiou as CEB's e desenvolveu trabalhos sociais, especialmente com mulheres em situação de prostituição, lavadeiras (iniciando uma espécie de cooperativa), clubes de mães e na área da saúde.
- Em 1966 realizou o 1º Congresso Eucarístico Diocesano no Estádio Adauto Moraes.


Pensamentos:

“Quando iniciei o meu sacerdócio, chegando ao Brasil, tive a ambição de converter a Amazônia. Depois de quinze a vinte anos de sacerdócio, concluí que devia converter a minha paróquia. Depois de 30 anos de bispo e quase 50 de padre, chego à conclusão que devo converter a mim mesmo”.

“Vejo em Jesus duas palavras: Pai e Amém. Quando ele disse Pai, manifestou que este Deus é fonte de carinho. Ao mesmo tempo, declarou sua obediência ao Deus que é bom. Por isso, digo com Jesus: Pai, Amém”.

“Tenho que possuir Deus no coração para depois transmiti-Lo”.

“Faça o máximo que você puder. Deus fará o resto”.
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29 de jun. de 2016

29 DE JUNHO: SÃO PEDRO E SÃO PAULO, APÓSTOLOS.



Hoje a Igreja do mundo inteiro celebra a santidade de vida de São Pedro e São Paulo, apóstolos.

Estes santos são considerados “os cabeças dos apóstolos” por terem sido os principais líderes da Igreja Cristã Primitiva, tanto por sua fé e pregação, como pelo ardor e zelo missionários.

Pedro, que tinha como primeiro nome Simão, era natural de Betsaida, irmão do Apóstolo André. Pescador, foi chamado pelo próprio Jesus e, deixando tudo, seguiu ao Mestre, estando presente nos momentos mais importantes da vida do Senhor, que lhe deu o nome de Pedro.

Em princípio, fraco na fé, chegou a negar Jesus durante o processo que culminaria em Sua morte por crucifixão. O próprio Senhor o confirmou na fé após Sua ressurreição (da qual o apóstolo foi testemunha), tornando-o intrépido pregador do Evangelho através da descida do Espírito Santo de Deus, no Dia de Pentecostes, o que o tornou líder da primeira comunidade. Pregou no Dia de Pentecostes e selou seu apostolado com o próprio sangue, pois foi martirizado em uma das perseguições aos cristãos, sendo crucificado de cabeça para baixo a seu próprio pedido, por não se julgar digno de morrer como seu Senhor, Jesus Cristo. Escreveu duas Epístolas e, provavelmente, foi a fonte de informações para que São Marcos escrevesse seu Evangelho.

Paulo, cujo nome antes da conversão era Saulo ou Saul, era natural de Tarso. Recebeu educação esmerada “aos pés de Gamaliel”, um dos grandes mestres da Lei na época. Tornou-se fariseu zeloso, a ponto de perseguir e aprisionar os cristãos, sendo responsável pela morte de muitos deles.

Converteu-se à fé cristã no caminho de Damasco, quando o próprio Senhor Ressuscitado lhe apareceu e o chamou para o apostolado. Recebeu o batismo do Espírito Santo e preparou-se para o ministério.

Tornou-se um grande missionário e doutrinador, fundando muitas comunidades. De perseguidor passou a perseguido, sofreu muito pela fé e foi coroado com o martírio, sofrendo morte por decapitação. Escreveu treze Epístolas e ficou conhecido como o “Apóstolo dos gentios”.

São Pedro e São Paulo, rogai por nós!

Fonte: liturgia.cancaonova.com
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27 de jun. de 2016

27 DE JUNHO: DIA DE NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO

Hoje, 27 de junho, é uma das festas mais antigas e belas de Nossa Senhora; “Nossa Senhora Mãe do Perpétuo Socorro”.




Jesus é o Perpétuo Socorro. E esta festa é celebrada no mesmo dia do grande S. Cirilo de Alexandria (330-442), bispo e doutor da Igreja, que presidiu o importantíssimo Concílio de Éfeso que no ano de 431 proclamou solenemente Nossa Senhora como Mãe de Deus (Theotókos), diante da heresia de Nestório, patriarca de Constantinopla, que negava esta verdade.

A devoção à Nossa Senhora Mãe do Perpétuo Socorro é uma devoção universal, conhecida e venerada em todos os continentes do mundo, talvez a mais ampla e conhecida devoção de Nossa Senhora, especialmente no Oriente. No mundo todo são realizadas as famosas Novenas Perpétuas em honra de Nossa Senhora Mãe do Perpétuo Socorro. Esta novena começou em 11 de julho de 1922 nos EUA.

O famoso e conhecido quadro de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro foi pintado em estilo bizantino e representa Nossa Senhora, Mãe de Deus, a Senhora das Dores, que socorre seu Filho ainda Menino assustado diante da visão de S. Miguel com o vaso de vinagre à esquerda e S. Gabriel com a Cruz à direita. A Criança divina assustada diante desses instrumentos de sua Paixão se refugia nos braços de sua Mãe, agarra em suas mãos e deixa cair a sandália do pé direito. A Mãe a acolhe e a prepara para um dia viver a Paixão redentora da humanidade.

Nossa Senhora tem o semblante coberto de tristeza e resignação e traz na cabeça a coroa de Rainha.

O quadro tem origem desconhecida; segundo um antiga tradição teria sido pintado por S.Lucas, o que não é garantido. Mas com certeza se sabe que desde 1499 é venerado em Roma. Em 1866, o Papa Pio IX o entregou aos Padres Redentoristas para que divulgassem essa devoção, o que eles fazem ainda hoje. Ela é a Patrona dos Redentoristas. Atualmente o quadro original se encontra na igreja de S. Afonso de Ligório em Roma.

Maria é a Senhora que nos apresenta Jesus, o Perpétuo Socorro da humanidade. Cada cristão precisa te-la como mãe. Aos pés da Cruz Jesus a entregou ao discípulo amado João, que representa toda a humanidade, cada um de nós, amados de Jesus. “Mãe, eis ai o teu filho; filho, eis ai a tua Mãe”. E o evangelista S. João diz que “ele a levou para a sua casa” (Jo 19, 25s).

S. João levou Nossa Senhora para morar com ele naquela casinha no alto das montanhas de Éfeso que existe ainda hoje, na Turquia. Eu já tive a oportunidade de estar ali em peregrinação. Éfeso era a capital da Província Romana da Ásia; ali havia cerca de 300 mil pessoas no tempo em que Nossa Senhora viveu com S. João.

Cada um de nós precisa também “levar Maria para sua casa” como Mãe, como Jesus mandou. Se Jesus no-la deu aos pés da Cruz, com lábios de sangue, é porque nós precisamos dela para nos ajudar na difícil caminhada da vida em busca da nossa salvação. Desprezar Nossa Senhora como mãe, seria, então, uma ofensa muito grave a Jesus; seria desprezar a última dádiva que Ele nos deixou antes de morrer por nós.
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21 de jun. de 2016

Solenidade da Dedicação da Catedral



       A Paróquia Nossa Senhora das Grotas – Catedral Santuário convida a comunidade a participar, nesta terça-feira, 21 de junho, às 18h, da Missa Solene pelo Aniversário de Dedicação da Catedral Diocesana Nossa Senhora das Grotas, que será presidida por Dom Jose Geraldo, Bispo Diocesano.

       A dedicação de uma paróquia, Catedral ou Santuário, é um antigo costume da Igreja Católica, no qual se consagra, a Deus, o templo e tudo que há dentro dele: cruz, sinos, objetos litúrgicos, instrumentos, pias ou fontes batismais. O ritual torna o templo sagrado para o culto a Deus, como informa o Diretório Litúrgico da CNBB. (cf. Diretório da Liturgia, p.19).

                     “Por ser edifício visível, esta casa aparece como sinal peculiar da Igreja peregrina na terra e imagem da Igreja que habita nos céus. Convém, pois, que, ao se erigir um edifício única e estavelmente destinado à reunião do povo de Deus, e à celebração das ações sagradas, seja esta Igreja dedicada ao Senhor em rito solene, segundo antiquíssimo costume”. “Todas as Igrejas sejam dedicadas ou ao menos abençoadas. Contudo, as Igrejas catedrais e paroquiais sejam solenemente dedicadas pelo bispo diocesano ou alguém por ele delegado, e a cada ano a comunidade celebre solenemente o dia da dedicação de sua Igreja”. (…) Para se realçar a importância e a dignidade da Igreja local, o Ofício do Aniversário da Dedicação da Igreja Catedral terá o grau de solenidade na própria igreja catedral e de festa nas outras igrejas da diocese, na data em que foi dedicada… Convém que nesse dia o bispo concelebre a Eucaristia na igreja catedral com o cabido dos cônegos ou o Conselho presbiteral, com a maior frequência possível de fieis.” (nn. 2 e 26)

       Vamos participar e prestigiar esse momento, rendendo graças a Deus pela edificação de nossa Igreja Catedral.


PASCOM - Catedral Santuário
Paróquia Nossa Senhora das Grotas

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14 de jun. de 2016

Dioceses de Petrolina e Juazeiro realizam Audiência Pública sobre Saneamento Básico e Rio São Francisco nesta terça (14)


A Diocese de Juazeiro realizará na próxima terça-feira (14) a 2ª Audiência Pública com o tema “Construindo Juntos: Paz com a Natureza”. O encontro marcado para as 18h30 – no Centro de Cultura João Gilberto e reunirá representantes dos poderes executivo, legislativo e judiciário de Juazeiro, Petrolina e entidades da sociedade civil que discutirão o lema: Saneamento Básico e Rio São Francisco.

A audiência é realizada em alusão a Campanha da Fraternidade 2016, que traz para o centro dos exercícios espirituais, uma situação da vida cotidiana que conclama a mudança de mentalidade com ações que colocam na posse da vida, a prática da justiça com o tema: "CASA COMUM, NOSSA RESPONSABILIDADE” - Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca.

Esse ano a audiência envolverá também representantes da Câmara de Vereadores e da Diocese de Petrolina e cada instituição será convidada a refletir sobre o papel que cada órgão precisa assumir com o objetivo conscientizar a sociedade a preservar melhor a natureza e a revitalização do Rio São Francisco.

O encontro será conduzido pelo Dr.Alexandre lamas, Promotor de Meio Ambiente de Juazeiro com a participação da promotora do Meio Ambiente de Petrolina Ana Rúbia, além da participação do prefeito e Vice-prefeito de Juazeiro, Isaac Carvalho e Francisco Oliveira, do Bispo da Diocese de Petrolina, Dom Manuel dos Reis e do Bispo Coadjutor da Diocese de Juazeiro, Dom Frei Beto Breis.


Ações concretas

Durante a audiência será lançada uma Gincana Ecológica, onde organizações da sociedade civil, escolas, igrejas, militares, representantes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário das cidades de Juazeiro/BA e Petrolina/PE e a população em geral, terão que realizar três tarefas até o dia 20 de novembro: Recolher óleo de cozinha usado, plantar 10 mil mudas, como marca da Caminhada da Paz que esse ano completa 10 anos e será realizada no dia 26 de novembro, saindo da catedral de Juazeiro seguindo pela Ponte Presidente Dutra até chegar à Catedral de Petrolina e a terceira tarefa é uma brincadeira, mas importante para a sociedade que sofre com o Zika Vírus e outras doenças transmitidas pelo mosquito: trazer o maior número de mosquitos mortos.

Ricardo Souza - Catedral Santuário
PASCOM - Paróquia Nossa Senhora das Grotas
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25 de mai. de 2016

CATEDRAL - SANTUÁRIO NOSSA SENHORA DAS GROTAS E PARÓQUIA SANTO AFONSO ESTÃO PRONTAS PARA CELEBRAR CORPUS CHRISTI

CATEDRAL - SANTUÁRIO NOSSA SENHORA DAS GROTAS E PARÓQUIA SANTO AFONSO ESTÃO PRONTAS PARA CELEBRAR CORPUS CHRISTI


A Catedral-Santuário Nossa Senhora das Gotas e a Paróquia Santo Afonso, em Juazeiro, estão prontas para celebrar a festa de Corpus Christi.


De acordo com o Pároco da Catedral Josemar Mota, o feriado nacional de Corpus Christi celebrado nesta quinta-feira, (26) este ano será realizado nas Paróquias como é feito tradicionalmente. Haverá também a confecção artística de tapetes por onde o santíssimo sacramento irá passar além da Catedral nas paróquias Santo Antônio, Senhora de Fátima no bairro Alto da Aliança e Santa Terezinha na Piranga.

Na Catedral a produção do tapete começa às 22h desta quarta (25) e só termina às 6 da manhã da quinta (26). A programação segue com adoração durante todo o dia e às 18h, acontece missa solene encerrando a festa.

Outra Paróquia que se destaca pela confecção do tapete é a matriz Santo Afonso, situada no bairro Castelo Branco. Os trabalhos terão início às 5 da manhã desta quinta-feira e a noite às 19h, haverá missa seguida de procissão e benção do santíssimo.

O Corpus Christi é um feriado nacional no qual a igreja católica festeja o corpo de Cristo representado na Eucaristia. A data pode ser calculada como sendo a primeira quinta-feira após a Festa da Santíssima Trindade ou então 60 dias após o domingo de páscoa e no ano que vem será comemorada no dia 15 de junho. A celebração é composta de uma missa, de procissões e adoração do Santíssimo Sacramento.

“Esta festa surgiu na idade média para dar a força à eucaristia. Para nós católicos ela dá esse sentido de receber Jesus Cristo de uma forma sacramental”, explica o Pároco da Paróquia Santo Afonso, Ednaldo Lima.
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9 de mai. de 2016

Ordenação Episcopal do Frei Carlos Alberto - Dom Beto Breis


Ordenação Episcopal do Frei Carlos Alberto - Dom Beto Breis
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Mensagem do papa para o 50º Dia Mundial das Comunicações Sociais

Papa Francisco ressalta a importância de usar as redes sociais para promover o bem da sociedade

“Comunicação e Misericórdia: um encontro fecundo” é tema da mensagem para o 50º Dia Mundial das Comunicações Sociais, celebrado hoje, 8 de maio, domingo que precede a Festa de Pentecostes. 

O texto escrito pelo papa Francisco está em sintonia com o Jubileu Extraordinário da Misericórdia.  De acordo com o Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais, a data quer ser ocasião para refletir sobre as “sinergias profundas entre comunicação e misericórdia”.

Na mensagem, Francisco recorda, ainda, a importância do uso correto das redes sociais para a promoção do bem comum. “As redes sociais são capazes de favorecer as relações e promover o bem da sociedade, mas podem também levar a uma maior polarização e divisão entre as pessoas e os grupos”, disse o papa. 


Confira:

Mensagem do Papa Francisco para o 50° Dia Mundial das Comunicações Sociais


“Comunicação e Misericórdia: um encontro fecundo”

Queridos irmãos e irmãs!

O Ano Santo da Misericórdia convida-nos a refletir sobre a relação entre a comunicação e a misericórdia. Com efeito a Igreja unida a Cristo, encarnação viva de Deus Misericordioso, é chamada a viver a misericórdia como traço característico de todo o seu ser e agir. Aquilo que dizemos e o modo como o dizemos, cada palavra e cada gesto deveria poder expressar a compaixão, a ternura e o perdão de Deus para todos. O amor, por sua natureza, é comunicação: leva a abrir-se, não se isolando. E, se o nosso coração e os nossos gestos forem animados pela caridade, pelo amor divino, a nossa comunicação será portadora da força de Deus.


Como filhos de Deus, somos chamados a comunicar com todos, sem exclusão. Particularmente próprio da linguagem e das ações da Igreja é transmitir misericórdia, para tocar o coração das pessoas e sustentá-las no caminho rumo à plenitude daquela vida que Jesus Cristo, enviado pelo Pai, veio trazer a todos. Trata-se de acolher em nós mesmos e irradiar ao nosso redor o calor materno da Igreja, para que Jesus seja conhecido e amado; aquele calor que dá substância às palavras da fé e acende, na pregação e no testemunho, a «centelha» que os vivifica.


A comunicação tem o poder de criar pontes, favorecer o encontro e a inclusão, enriquecendo assim a sociedade. Como é bom ver pessoas esforçando-se por escolher cuidadosamente palavras e gestos para superar as incompreensões, curar a memória ferida e construir paz e harmonia. As palavras podem construir pontes entre as pessoas, as famílias, os grupos sociais, os povos. E isto acontece tanto no ambiente físico como no digital. Assim, palavras e ações hão-de ser tais que nos ajudem a sair dos círculos viciosos de condenações e vinganças que mantêm prisioneiros os indivíduos e as nações, expressando-se através de mensagens de ódio. Ao contrário, a palavra do cristão visa fazer crescer a comunhão e, mesmo quando deve com firmeza condenar o mal, procura não romper jamais o relacionamento e a comunicação.


Por isso, queria convidar todas as pessoas de boa vontade a redescobrirem o poder que a misericórdia tem de curar as relações dilaceradas e restaurar a paz e a harmonia entre as famílias e nas comunidades. Todos nós sabemos como velhas feridas e prolongados ressentimentos podem aprisionar as pessoas, impedindo-as de comunicar e reconciliar-se. E isto aplica-se também às relações entre os povos. Em todos estes casos, a misericórdia é capaz de implementar um novo modo de falar e dialogar, como se exprimiu muito eloquentemente Shakespeare: «A misericórdia não é uma obrigação. Desce do céu como o refrigério da chuva sobre a terra. É uma dupla bênção: abençoa quem a dá e quem a recebe» (“O mercador de Veneza”, Ato IV, Cena I).


É desejável que também a linguagem da política e da diplomacia se deixe inspirar pela misericórdia, que nunca dá nada por perdido. Faço apelo sobretudo àqueles que têm responsabilidades institucionais, políticas e de formação da opinião pública, para que estejam sempre vigilantes sobre o modo como se exprimem a respeito de quem pensa ou age de forma diferente e ainda de quem possa ter errado. É fácil ceder à tentação de explorar tais situações e, assim, alimentar as chamas da desconfiança, do medo, do ódio. Pelo contrário, é preciso coragem para orientar as pessoas em direção a processos de reconciliação, mas é precisamente tal audácia positiva e criativa que oferece verdadeiras soluções para conflitos antigos e a oportunidade de realizar uma paz duradoura. «Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. (...) Felizes os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus» (Mt 5, 7.9).


Como gostaria que o nosso modo de comunicar e também o nosso serviço de pastores na Igreja nunca expressassem o orgulho soberbo do triunfo sobre um inimigo, nem humilhassem aqueles que a mentalidade do mundo considera perdedores e descartáveis! A misericórdia pode ajudar a mitigar as adversidades da vida e dar calor a quantos têm conhecido apenas a frieza do julgamento. Seja o estilo da nossa comunicação capaz de superar a lógica que separa nitidamente os pecadores dos justos. Podemos e devemos julgar situações de pecado – violência, corrupção, exploração, etc. –, mas não podemos julgar as pessoas, porque só Deus pode ler profundamente no coração delas. É nosso dever admoestar quem erra, denunciando a maldade e a injustiça de certos comportamentos, a fim de libertar as vítimas e levantar quem caiu. O Evangelho de João lembra-nos que «a verdade [nos] tornará livres» (Jo 8, 32). Em última análise, esta verdade é o próprio Cristo, cuja misericórdia repassada de mansidão constitui a medida do nosso modo de anunciar a verdade e condenar a injustiça. É nosso dever principal afirmar a verdade com amor (cf. Ef 4, 15). Só palavras pronunciadas com amor e acompanhadas por mansidão e misericórdia tocam os nossos corações de pecadores. Palavras e gestos duros ou moralistas correm o risco de alienar ainda mais aqueles que queríamos levar à conversão e à liberdade, reforçando o seu sentido de negação e defesa.


Alguns pensam que uma visão da sociedade enraizada na misericórdia seja injustificadamente idealista ou excessivamente indulgente. Mas tentemos voltar com o pensamento às nossas primeiras experiências de relação no seio da família. Os pais amavam-nos e apreciavam-nos mais pelo que somos do que pelas nossas capacidades e os nossos sucessos. Naturalmente os pais querem o melhor para os seus filhos, mas o seu amor nunca esteve condicionado à obtenção dos objetivos. A casa paterna é o lugar onde sempre és bem-vindo (cf. Lc 15, 11-32). Gostaria de encorajar a todos a pensar a sociedade humana não como um espaço onde estranhos competem e procuram prevalecer, mas antes como uma casa ou uma família onde a porta está sempre aberta e se procura aceitar uns aos outros.


Para isso é fundamental escutar. Comunicar significa partilhar, e a partilha exige a escuta, o acolhimento. Escutar é muito mais do que ouvir. Ouvir diz respeito ao âmbito da informação; escutar, ao invés, refere-se ao âmbito da comunicação e requer a proximidade. A escuta permite-nos assumir a atitude justa, saindo da tranquila condição de espectadores, usuários, consumidores. Escutar significa também ser capaz de compartilhar questões e dúvidas, caminhar lado a lado, libertar-se de qualquer presunção de omnipotência e colocar, humildemente, as próprias capacidades e dons ao serviço do bem comum.


Escutar nunca é fácil. Às vezes é mais cômodo fingir-se de surdo. Escutar significa prestar atenção, ter desejo de compreender, dar valor, respeitar, guardar a palavra alheia. Na escuta, consuma-se uma espécie de martírio, um sacrifício de nós mesmos em que se renova o gesto sacro realizado por Moisés diante da sarça-ardente: descalçar as sandálias na «terra santa» do encontro com o outro que me fala (cf. Ex 3, 5). Saber escutar é uma graça imensa, é um dom que é preciso implorar e depois exercitar-se a praticá-lo.


Também e-mails, SMS, redes sociais, chat podem ser formas de comunicação plenamente humanas. Não é a tecnologia que determina se a comunicação é autêntica ou não, mas o coração do homem e a sua capacidade de fazer bom uso dos meios ao seu dispor. As redes sociais são capazes de favorecer as relações e promover o bem da sociedade, mas podem também levar a uma maior polarização e divisão entre as pessoas e os grupos. O ambiente digital é uma praça, um lugar de encontro, onde é possível acariciar ou ferir, realizar uma discussão proveitosa ou um linchamento moral. Rezo para que o Ano Jubilar, vivido na misericórdia, «nos torne mais abertos ao diálogo, para melhor nos conhecermos e compreendermos; elimine todas as formas de fechamento e desprezo e expulse todas as formas de violência e discriminação» (Misericordiae Vultus, 23). Em rede, também se constrói uma verdadeira cidadania. O acesso às redes digitais implica uma responsabilidade pelo outro, que não vemos mas é real, tem a sua dignidade que deve ser respeitada. A rede pode ser bem utilizada para fazer crescer uma sociedade sadia e aberta à partilha.


A comunicação, os seus lugares e os seus instrumentos permitiram um alargamento de horizontes para muitas pessoas. Isto é um dom de Deus, e também uma grande responsabilidade. Gosto de definir este poder da comunicação como «proximidade». O encontro entre a comunicação e a misericórdia é fecundo na medida em que gerar uma proximidade que cuida, conforta, cura, acompanha e faz festa. Num mundo dividido, fragmentado, polarizado, comunicar com misericórdia significa contribuir para a boa, livre e solidária proximidade entre os filhos de Deus e irmãos em humanidade.
                                                                                                                                                                    Papa Francisco
Vaticano, 24 de Janeiro de 2016.

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Carlos Alberto Breis é ordenado Bispo Coadjutor da Diocese de Juazeiro (BA)



O Arcebispo de Arquidiocese de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, ordenou pela primeira vez um bispo: O Frei Franciscano, Carlos Alberto Breis Pereira, eleito bispo Coadjutor da diocese de Juazeiro (BA).

Durante a ordenação episcopal, o arcebispo metropolitano, Dom Fernando Saburido, foi o bispo sagrante da celebração e esteve acompanhado dos bispos consagrantes, Dom José Geraldo da Cruz, bispo de Juazeiro, Dom José Haring, bispo de Limoeiro do Norte, Ceará e dos demais bispos presentes  representantes de outras dioceses do Regional Nordeste 2 e do Brasil.

A ordenação episcopal aconteceu durante a solene Celebração Eucarística na Basílica do Sagrado Coração de Jesus (Salesiano), localizada no bairro da Boa Vista, região central do Recife.

A Diocese de Juazeiro esteve representada pelos padres e leigos totalizando uma delegação de 62 pessoas, que em nome dos católicos da diocese acolheram o novo bispo.

Durante seu discurso, Carlos Alberto Breis, que será chamado de Dom Beto mencionou Juazeiro com uma terra franciscana, que acolhe a missão de Jesus e ainda citou a famosa música Juazeiro, Petrolina dizendo que “gosta de Petrolina e aprendeu a amar Juazeiro”.

Dom Carlos Alberto chegará a Juazeiro no dia 14 de maio, (Sábado) na ultima noite do tríduo, em preparação a Festa de Pentecostes e será recepcionado pelos fieis, e em seguida tomara posse como bispo coadjutor na Catedral- Santuário de Nossa Senhora das Grotas, com uma missa presidida pelo arcebispo de Feira de Santana, às 19:30h.

Ricardo Souza - PASCOM
Paróquia Nossa Senhora das Grotas

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4 de mai. de 2016

Frei Beto Breis prepara-se para Ordenação Episcopal

Com a proximidade de sua ordenação episcopal, Frei Beto Breis, OFM realizou nesta quarta-feira, 4 de maio, a profissão de fé e o juramento de fidelidade à Igreja e ao Papa, como prescrevem o Ritual Romano. O rito, realizado durante a oração das Laudes no Convento Santo Antônio, em Recife, foi presidido por D. Fernando Saburido, Arcebispo de Olinda e Recife, e contou com presença de bispos auxiliares e eméritos, padres e da Fraternidade Franciscana.
Após a leitura bíblica, D. Fernando convidou o bispo eleito a, diante de todos, professar a sua fé. Logo a seguir, Frei Beto proferiu a promessa de fidelidade à Igreja e ao Papa, expressando seu compromisso de exercer seu ministério episcopal em comunhão com o Colégio Apostólico e seguindo as normas da Santa Sé.
Frei Beto Breis foi nomeado pelo Papa Francisco bispo coadjutor da Diocese de Juazeiro, na Bahia, no último dia 17 de fevereiro. Sua ordenação episcopal acontecerá no próximo dia 7 de maio, às 17h, na Basílica do Sagrado Coração de Jesus, em Recife. A partir de então seguirá para a Diocese de Juazeiro, onde assumirá seu novo ministério pastoral.  Desde novembro de 2014 Frei Beto assumia o serviço de Ministro Provincial da Província de Santo Antônio.




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