17 de set. de 2016

DOM BETO BREIS ENCONTRA SE COM O PAPA FRANCISCO.


O mundo está cansado de bispos e padres “da moda”, disse o Papa, que indicou caminhos para tornar pastoral a misericórdia

Façam misericórdia pastoral, transmitam misericórdia. Esse foi o principal pedido do Papa Francisco aos novos bispos que participam de um curso de formação no Vaticano. São cerca de 170 novos pastores nomeados no último ano que se encontraram com o Santo Padre nesta sexta-feira, 16.

“A riqueza mais preciosa que vocês podem levar de Roma no início do ministério episcopal é a consciência da misericórdia com a qual vocês foram olhados e escolhidos. O único tesouro que eu peço que vocês não deixem enferrujar é a certeza de que não estão abandonados em suas forças”, disse.

Francisco encorajou os bispos lembrando que eles nunca estão sozinhos, sempre levam a Igreja que foi a eles confiada. Por isso, o Papa pediu que, quando eles atravessarem a Porta Santa nos próximos dias, não o façam sozinhos, mas carregando nas costas o rebanho e levando no coração o coração de suas igrejas.

Desafios e recomendações

O Santo Padre reconheceu que tornar pastoral a misericórdia não é tarefa fácil. “Perguntem a Deus, que é rico de misericórdia, o segredo para tornar pastoral a sua misericórdia nas dioceses de vocês”, recomendou o Papa, que acrescentou: “Não tenham medo de propor a misericórdia como resumo de quanto Deus oferece ao mundo, porque nada de maior o coração do homem pode desejar”.

Como um auxílio, Francisco deixou aos novos bispos três recomendações para realizar essa tarefa. Primeiro, ser um bispo capaz de encantar e atrair. “Não se trata de atrair para si mesmo: isso é um perigo! O mundo está cansado de encantadores e mentirosos. E me permito dizer: de padres ‘da moda’ ou de bispos ‘da moda’”.

Também é preciso, segundo o Papa, saber iniciar aqueles que lhes foram confiados no caminho rumo ao amor de Deus. “Tudo quanto é grande precisa de um percurso para poder entrar. Tanto mais a misericórdia divina, que é inesgotável! Uma vez compreendida a misericórdia, essa exige um percurso introdutivo, um caminho, uma iniciação”. Explicou.

Por fim, Francisco pediu que os bispos sejam capazes de acompanhar, tanto o clero, quanto os aspirantes ao clero e as famílias.

“Queridos irmãos, agora rezemos juntos e eu vos darei a benção com todo o meu coração de pastor, de pai e de irmão. A benção é sempre a invocação da face de Deus sobre nós. É Cristo a face de Deus que nunca escurece. Ao abençoar-vos, pedirei a Ele que caminhe convosco e que vos dê a coragem de caminhar com Ele”, finalizou o Papa.



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